São Paulo, sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

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Camelô assassinado já tinha feito queixa de ameaça de morte

Sindicalista registrou ocorrência em setembro sobre ameaça de entidade rival

DO "AGORA"

O presidente do Sindicato dos Camelôs Independentes de São Paulo, Afonso José da Silva, 41, registrou um boletim de ocorrência por ameaça de morte no 12º DP (Pari), em 16 de setembro.
Afonso Camelô, como era conhecido, foi assassinado a tiros na tarde de anteontem dentro da sede do sindicato, no Brás (zona leste de SP). O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) investiga o caso e trabalha com a hipótese de assassinato por vingança.
Na ocasião da ameaça registrada, o sindicalista foi à delegacia acompanhado de outros dois diretores da entidade. Ele relatou que, naquela madrugada, um dos dirigentes circulava pela feirinha da madrugada, quando foi abordado por dois camelôs conhecidos (de uma associação rival) e um estranho, que teria encostado um revólver em seu peito e o mandado ir embora.
Ouvidos pela polícia, os dois camelôs conhecidos, apontados na denúncia, negaram a ameaça. Disseram que Silva cobrava propina dos camelôs na região e que as brigas entre os dois grupos seriam por conta disso.
Já Afonso disse que foi ameaçado porque tentava defender os camelôs do outro grupo, que estaria cobrando dinheiro dos ambulantes em troca de "proteção".
O inquérito foi relatado em 22 de novembro sem conclusão. No final de 2009, Afonso foi à mesma delegacia e registrou uma denúncia sobre guardas municipais que estariam pressionando o sindicato para pagar propina. A reportagem não teve acesso ao resultado desse inquérito.
Colegas de sindicato dizem que Afonso recebia ameaças pelo telefone.


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