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Camelô assassinado
já tinha feito queixa
de ameaça de morte
Sindicalista registrou ocorrência em
setembro sobre ameaça de entidade rival
DO "AGORA"
O presidente do Sindicato
dos Camelôs Independentes
de São Paulo, Afonso José da
Silva, 41, registrou um boletim de ocorrência por ameaça de morte no 12º DP (Pari),
em 16 de setembro.
Afonso Camelô, como era
conhecido, foi assassinado a
tiros na tarde de anteontem
dentro da sede do sindicato,
no Brás (zona leste de SP). O
DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa)
investiga o caso e trabalha
com a hipótese de assassinato por vingança.
Na ocasião da ameaça registrada, o sindicalista foi à
delegacia acompanhado de
outros dois diretores da entidade. Ele relatou que, naquela madrugada, um dos dirigentes circulava pela feirinha da madrugada, quando
foi abordado por dois camelôs conhecidos (de uma associação rival) e um estranho,
que teria encostado um revólver em seu peito e o mandado ir embora.
Ouvidos pela polícia, os
dois camelôs conhecidos,
apontados na denúncia, negaram a ameaça. Disseram
que Silva cobrava propina
dos camelôs na região e que
as brigas entre os dois grupos
seriam por conta disso.
Já Afonso disse que foi
ameaçado porque tentava
defender os camelôs do outro
grupo, que estaria cobrando
dinheiro dos ambulantes em
troca de "proteção".
O inquérito foi relatado em
22 de novembro sem conclusão. No final de 2009, Afonso
foi à mesma delegacia e registrou uma denúncia sobre
guardas municipais que estariam pressionando o sindicato para pagar propina. A
reportagem não teve acesso
ao resultado desse inquérito.
Colegas de sindicato dizem que Afonso recebia
ameaças pelo telefone.
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