São Paulo, domingo, 18 de janeiro de 1998.



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Professora perde filho e cria entidade

MÁRIO MOREIRA
da Sucursal do Rio

Reformar a casa. Após sete anos e sete meses, a professora Vera Dias Carneiro, 51, escolheu o penoso caminho de conviver com o caos no ambiente doméstico para começar a se libertar do drama vivido desde 20 de junho de 1990.
Naquele dia, seu filho mais velho, Agostinho Dias Carneiro Júnior, então com 21 anos, morreu em um desastre automobilístico. O carro em que estava foi atingido pelo do ator Felipe Camargo, absolvido por falta de provas.
Carneiro Júnior estava prestes a concluir o curso de informática na PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio e trabalhava no Banco Nacional.
O filho caçula, que dirigia o carro, passou por seis cirurgias de reconstituição de face.
Vera fez da morte do filho um momento de virada em sua própria vida. Ela criou a Afav (Associação dos Familiares e Amigos de Vítimas da Violência), que hoje possui um núcleo para atender a vítimas do trânsito. "Mas comecei a reforma pela minha casa", diz.
A Folha tentou falar com o ator Felipe Camargo na última sexta-feira, mas ele não respondeu aos recados deixados em sua secretária eletrônica.



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