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Professora perde
filho e cria entidade
MÁRIO MOREIRA
da Sucursal do Rio
Reformar a casa. Após sete anos
e sete meses, a professora Vera
Dias Carneiro, 51, escolheu o penoso caminho de conviver com o
caos no ambiente doméstico para
começar a se libertar do drama vivido desde 20 de junho de 1990.
Naquele dia, seu filho mais velho, Agostinho Dias Carneiro Júnior, então com 21 anos, morreu
em um desastre automobilístico.
O carro em que estava foi atingido
pelo do ator Felipe Camargo, absolvido por falta de provas.
Carneiro Júnior estava prestes a
concluir o curso de informática na
PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio e trabalhava no Banco Nacional.
O filho caçula, que dirigia o carro, passou por seis cirurgias de reconstituição de face.
Vera fez da morte do filho um
momento de virada em sua própria vida. Ela criou a Afav (Associação dos Familiares e Amigos de
Vítimas da Violência), que hoje
possui um núcleo para atender a
vítimas do trânsito. "Mas comecei
a reforma pela minha casa", diz.
A Folha tentou falar com o ator
Felipe Camargo na última sexta-feira, mas ele não respondeu
aos recados deixados em sua secretária eletrônica.
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