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VOLTA ÀS AULAS
Levantamento de 20 itens básicos revela que a menor diferença entre produtos iguais é de 40%
Preço de materiais escolares varia até 325% em papelarias e lojas de SP
JOÃO CARLOS SILVA
da Reportagem Local
Além de enfrentar um aumento
superior à inflação do ano passado -10,67% contra 8,64%, segundo a Fipe - a compra de material escolar vai requerer muita
atenção por parte dos pais.
Pesquisa de preço feita pela Folha mostra que os desatentos podem gastar até 325% a mais para
comprar um mesmo produto em
lojas e papelarias da cidade.
A diferença de preço foi encontrada em um dos itens do levantamento -uma pasta plastificada
com elástico. Nas 16 lojas pesquisadas, o preço do produto varia
de R$ 0,40 a R$ 1,70.
A lista de material pesquisado
inclui 20 itens básicos, selecionados a partir de um levantamento
feito no ano passado pelo Procon.
Pelo levantamento da Folha é
possível constatar que o consumidor desavisado não está livre de
prejuízo em nenhum item pesquisado -de apontadores a papel sulfite. No mínimo, há diferença de 40% entre os maiores e
os menores preços.
É o caso de um caderno universitário com 200 folhas e capa dura, que pode custar entre R$ 5 e R$
7 nas lojas pesquisadas (veja quadro na pág. 3-2).
Juntando todos os itens da lista,
é possível chegar a outra conclusão: quem comprar os produtos
pesquisados só pelo preço maior
desembolsa R$ 66,23. A quantia é
um pouco mais do que o dobro
dos R$ 32,03 que seriam gastos
por quem conseguisse fazer a
compra pelo menor preço.
Entre um caso e outro a diferença é de 106,77%, mas a comparação não significa que a decisão
mais sábia seja a de escolher os
menores preços e vagar de loja em
loja para comprar os produtos.
"O consumidor tem de considerar o custo que vai ter para fazer
esse vaivém. O ideal é comparar
os preços médios", disse a técnica
de estudos e pesquisas do Procon
Selma do Amaral.
Contraste
Entre as lojas pesquisadas, a papelaria Camicado (não confundir
com a rede de lojas de presentes),
no centro, aparece com o menor
preço em 11 dos 20 produtos que
integram o levantamento.
"Trabalhamos com preços de
atacado e vendemos no varejo. A
nossa margem de lucro é só de
30%. Nas outras empresas, essa
margem deve ser maior", disse o
gerente Shigueo Tosaki, 44.
A mesma loja aparece no levantamento como a que vende mais
caro a pasta com elástico, item
que teve a maior variação encontrada pela pesquisa (325%). "Eu
podia mesmo vender por menos", afirmou o gerente, ao saber
que seu preço era o maior.
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