São Paulo, Terça-feira, 18 de Janeiro de 2000


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VOLTA ÀS AULAS
Levantamento de 20 itens básicos revela que a menor diferença entre produtos iguais é de 40%
Preço de materiais escolares varia até 325% em papelarias e lojas de SP

JOÃO CARLOS SILVA
da Reportagem Local

Além de enfrentar um aumento superior à inflação do ano passado -10,67% contra 8,64%, segundo a Fipe - a compra de material escolar vai requerer muita atenção por parte dos pais.
Pesquisa de preço feita pela Folha mostra que os desatentos podem gastar até 325% a mais para comprar um mesmo produto em lojas e papelarias da cidade.
A diferença de preço foi encontrada em um dos itens do levantamento -uma pasta plastificada com elástico. Nas 16 lojas pesquisadas, o preço do produto varia de R$ 0,40 a R$ 1,70.
A lista de material pesquisado inclui 20 itens básicos, selecionados a partir de um levantamento feito no ano passado pelo Procon.
Pelo levantamento da Folha é possível constatar que o consumidor desavisado não está livre de prejuízo em nenhum item pesquisado -de apontadores a papel sulfite. No mínimo, há diferença de 40% entre os maiores e os menores preços.
É o caso de um caderno universitário com 200 folhas e capa dura, que pode custar entre R$ 5 e R$ 7 nas lojas pesquisadas (veja quadro na pág. 3-2).
Juntando todos os itens da lista, é possível chegar a outra conclusão: quem comprar os produtos pesquisados só pelo preço maior desembolsa R$ 66,23. A quantia é um pouco mais do que o dobro dos R$ 32,03 que seriam gastos por quem conseguisse fazer a compra pelo menor preço.
Entre um caso e outro a diferença é de 106,77%, mas a comparação não significa que a decisão mais sábia seja a de escolher os menores preços e vagar de loja em loja para comprar os produtos.
"O consumidor tem de considerar o custo que vai ter para fazer esse vaivém. O ideal é comparar os preços médios", disse a técnica de estudos e pesquisas do Procon Selma do Amaral.

Contraste
Entre as lojas pesquisadas, a papelaria Camicado (não confundir com a rede de lojas de presentes), no centro, aparece com o menor preço em 11 dos 20 produtos que integram o levantamento.
"Trabalhamos com preços de atacado e vendemos no varejo. A nossa margem de lucro é só de 30%. Nas outras empresas, essa margem deve ser maior", disse o gerente Shigueo Tosaki, 44.
A mesma loja aparece no levantamento como a que vende mais caro a pasta com elástico, item que teve a maior variação encontrada pela pesquisa (325%). "Eu podia mesmo vender por menos", afirmou o gerente, ao saber que seu preço era o maior.



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