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São Paulo, sábado, 18 de janeiro de 2003

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"É atividade sem controle", diz promotor

DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério Público e a Polícia Civil paulistas afirmam estar convencidos de que é necessária uma ampla investigação nos bingos.
"Há casos de sonegação fiscal e fraudes aos usuários das casas", disse o delegado Manoel Camassa, que participou das blitze realizadas no ano passado pela força-tarefa da qual tomaram parte, além da Polícia Civil, a Polícia Militar, o Ministério Público e órgãos da Prefeitura de São Paulo.
Segundo Camassa, uma das maiores casas de bingo do país, a Imperador, na zona oeste de São Paulo, iniciou suas atividades no segundo semestre de 2002, quando as autorizações para a criação de novas casas já estavam suspensa pela Caixa Econômica Federal.
No Ministério Público, os bingos são investigados por conta de suspeitas de ligação da atividade com o crime organizado. "É uma atividade sem controle", disse o promotor Eder Segura.
O presidente da Associação Brasileira dos Bingos, Olavo Silveira, nega as acusações e diz que o dinheiro proveniente do setor foi muito importante para o esporte nos últimos anos. Segundo ele, os bingos geram hoje no Brasil pelo menos 120 mil empregos diretos e são um lazer para a terceira idade.
Silveira afirma que o setor está disposto a colaborar não somente com o esporte, mas também com programas sociais do novo governo. "Podemos ampliar o número de empregos e ajudar o país a diminuir desigualdades", disse.


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