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"É atividade sem controle", diz promotor
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público e a Polícia
Civil paulistas afirmam estar convencidos de que é necessária uma
ampla investigação nos bingos.
"Há casos de sonegação fiscal e
fraudes aos usuários das casas",
disse o delegado Manoel Camassa, que participou das blitze realizadas no ano passado pela força-tarefa da qual tomaram parte,
além da Polícia Civil, a Polícia Militar, o Ministério Público e órgãos da Prefeitura de São Paulo.
Segundo Camassa, uma das
maiores casas de bingo do país, a
Imperador, na zona oeste de São
Paulo, iniciou suas atividades no
segundo semestre de 2002, quando as autorizações para a criação
de novas casas já estavam suspensa pela Caixa Econômica Federal.
No Ministério Público, os bingos são investigados por conta de
suspeitas de ligação da atividade
com o crime organizado. "É uma
atividade sem controle", disse o
promotor Eder Segura.
O presidente da Associação Brasileira dos Bingos, Olavo Silveira,
nega as acusações e diz que o dinheiro proveniente do setor foi
muito importante para o esporte
nos últimos anos. Segundo ele, os
bingos geram hoje no Brasil pelo
menos 120 mil empregos diretos e
são um lazer para a terceira idade.
Silveira afirma que o setor está
disposto a colaborar não somente
com o esporte, mas também com
programas sociais do novo governo. "Podemos ampliar o número
de empregos e ajudar o país a diminuir desigualdades", disse.
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