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Governador diz que "chamam a atenção" mortes após assassinato de comandante
EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo,
José Serra (PSDB), disse na
manhã de ontem que "chama a
atenção" o fato de ter ocorrido
uma chacina na zona norte horas depois do assassinato de José Hermínio Rodrigues, comandante da PM na região.
"Sem dúvida, isso chama bastante a atenção, mas eu não
posso emitir um julgamento
definitivo sem que as polícias
apresentem o resultado da investigação", afirmou.
Serra disse que a ação de um
grupo de extermínio é uma das
hipóteses.
"Eu até tenho as minhas hipóteses pessoais, mas eu prefiro não transmiti-las. Nós precisamos ainda trabalhar com várias possibilidades. Nenhuma
possibilidade até agora foi descartada, embora existam as
mais prováveis", disse.
Serra afirmou que José Hermínio Rodrigues vai ser substituído "à altura" e também disse
que era amigo do comandante,
a quem fez uma série de comentários elogiosos.
"Eu estive hoje [anteontem]
no velório do coronel, que eu
conhecia, tinha relações de
amizade com ele. Um homem
sério, competente, voltado à segurança das pessoas, um homem decente. Foi assassinado
de maneira fria", disse.
Serra deu as declarações em
um evento no Capão Redondo
(zona sul), onde assinou um
convênio que repassou à Prefeitura de São Paulo o programa de liberdade assistida de
menores infratores.
O governador também afirmou ter pedido ao comandante
da Polícia Militar, Roberto Antonio Diniz, e ao delegado-geral
da Polícia Civil, Maurício José
Lemos Freire, "que façam o
máximo empenho para descobrir quem comandou esse assassinato e fazermos uma punição rigorosa".
Serra confirmou, durante o
evento, que José Hermínio Rodrigues comandava investigações sobre ligações de policiais
militares com grupos de extermínio que atuavam na zona
norte de São Paulo.
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