São Paulo, sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

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Turista é mais importante que prejuízos, diz Temporão

Para ele, principal é segurança da população, e não perdas econômicas com febre amarela

Ministério ainda não informou quais municípios estão sob alerta; prefeitos, empresários e comerciantes pressionam contra divulgação

LUCIANA OTONI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro José Gomes Temporão (Saúde) disse ontem que a segurança das pessoas que visitam áreas de risco de contágio por febre amarela é prioridade em relação a eventuais prejuízos decorrentes de retração do turismo. Ele reiterou que o aumento do número de mortes não é preocupante e que a situação está sob controle.
"A questão da proteção da saúde da população e a segurança das pessoas que viajam para essas áreas é fundamental.
Não estou nem um pouco preocupado com turismo e impacto econômico. Meu problema é garantir que as pessoas estejam bem informadas e viagem em segurança", disse.
Ao tentar tranqüilizar a população, o ministro, porém, avisou que novas mortes podem acontecer. "A situação é de tranqüilidade. Não há risco de urbanização da febre amarela.
O que temos são casos isolados de pessoas não-vacinadas que estiveram em áreas de risco e alguns óbitos infelizmente estão acontecendo", disse.
Questionado sobre a corrida aos postos, ele garantiu que não há falta de vacina.
Temporão informou que a lista das cidades localizadas em área de risco está no site do ministério (www.ms.gov.br). Conforme informado ontem na coluna Painel, da Folha, prefeitos, empresários e comerciantes estão pressionando o ministério para evitar a divulgação da lista.
A relação, no entanto, diz respeito a áreas tradicionalmente endêmicas, que compreendem todos os Estados do Norte e Centro-Oeste, além de Maranhão, Minas Gerais, sul do Piauí, sul e oeste da Bahia, norte do Espírito Santo, noroeste de São Paulo e oeste dos Estados do sul.
O ministério não informou quais são os municípios que estão atualmente em alerta para a doença. Na semana passada, a pasta disse que 50 cidades de Goiás estavam nesta situação.
A Folha solicitou a lista atualizada no início da semana e não obteve resposta.


Colaboraram JOHANNA NUBLAT e ANGELA PINHO, da Sucursal de Brasília


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