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Turista é mais importante que prejuízos, diz Temporão
Para ele, principal é segurança da população, e não perdas econômicas com febre amarela
Ministério ainda não informou quais municípios estão sob alerta; prefeitos, empresários e comerciantes pressionam contra divulgação
LUCIANA OTONI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro José Gomes Temporão (Saúde) disse ontem que
a segurança das pessoas que visitam áreas de risco de contágio
por febre amarela é prioridade
em relação a eventuais prejuízos decorrentes de retração do
turismo. Ele reiterou que o aumento do número de mortes
não é preocupante e que a situação está sob controle.
"A questão da proteção da
saúde da população e a segurança das pessoas que viajam
para essas áreas é fundamental.
Não estou nem um pouco preocupado com turismo e impacto
econômico. Meu problema é
garantir que as pessoas estejam
bem informadas e viagem em
segurança", disse.
Ao tentar tranqüilizar a população, o ministro, porém, avisou que novas mortes podem
acontecer. "A situação é de
tranqüilidade. Não há risco de
urbanização da febre amarela.
O que temos são casos isolados
de pessoas não-vacinadas que
estiveram em áreas de risco e
alguns óbitos infelizmente estão acontecendo", disse.
Questionado sobre a corrida
aos postos, ele garantiu que não
há falta de vacina.
Temporão informou que a
lista das cidades localizadas em
área de risco está no site do ministério (www.ms.gov.br).
Conforme informado ontem
na coluna Painel, da Folha,
prefeitos, empresários e comerciantes estão pressionando
o ministério para evitar a divulgação da lista.
A relação, no entanto, diz
respeito a áreas tradicionalmente endêmicas, que compreendem todos os Estados do
Norte e Centro-Oeste, além de
Maranhão, Minas Gerais, sul
do Piauí, sul e oeste da Bahia,
norte do Espírito Santo, noroeste de São Paulo e oeste dos
Estados do sul.
O ministério não informou
quais são os municípios que estão atualmente em alerta para
a doença. Na semana passada, a
pasta disse que 50 cidades de
Goiás estavam nesta situação.
A Folha solicitou a lista
atualizada no início da semana
e não obteve resposta.
Colaboraram JOHANNA NUBLAT e ANGELA PINHO, da Sucursal de Brasília
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