São Paulo, sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

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Horário de verão acaba à meia-noite deste sábado

Relógios devem ser atrasados em 1 hora; economia média foi de 5% no pico

Segundo o governo, energia total poupada seria capaz de abastecer por 1 mês uma cidade com 470 mil habitantes

SOFIA FERNANDES
DE BRASÍLIA

À meia-noite, na passagem de sábado para domingo, termina mais um horário de verão. Os brasileiros deverão atrasar em uma hora o relógio, ritual já cumprido 36 vezes no país, desde 1931.
Desta vez, o saldo do governo será uma economia média de 5% na demanda em horário de pico. É como se o Brasil deixasse todo dia de abastecer uma cidade com 3,8 milhões de habitantes na faixa das 18h às 21h.
A economia média diária será de 0,5%. No fim das 18 semanas, será economizado o equivalente ao consumo mensal de uma cidade de 470 mil habitantes, de acordo com as estimativas do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
Mesmo com a numeralha positiva do governo, a crítica à necessidade da medida não cessa. Na Câmara dos Deputados, há 60 proposições sobre o assunto, 52 delas pedindo o fim do horário de verão ou convidando ministros para esclarecimentos.
Até agora, porém, nenhum projeto de lei contrário à medida foi adiante. O mais recente é deste ano, do deputado Weliton Prado (PT/MG), que pede a proibição do horário, e está esperando despacho do presidente da Casa.

PEDIDOS
O discurso padrão de quem critica o horário é que os sacrifícios impostos à sociedade não compensam os benefícios na economia do setor elétrico. Deputados citam fatores como sonolência, fadiga, dores de cabeça, falta de concentração e irritabilidade como complicadores, além da falta de segurança de quem sai muito cedo de casa, ainda no escuro.
Há pedidos pontuais para exclusão de Estados do horário, como Goiás, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. Há ainda requerimento para realização de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos sobre o impacto do horário de verão sobre saúde, rendimento escolar e desempenho profissional dos brasileiros.
No Senado, uma proposta de convocação de um plebiscito sobre o tema chegou a ser apresentada em 2003. O projeto foi arquivado.


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