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Motivo de mortes é banal
e da Reportagem Local
Grande parte dos assassinatos ocorridos em São Paulo durante o Carnaval deste ano
ocorreu por motivos banais,
como brigas de trânsito, em
bailes ou entre vizinhos. Entre
as supostas causas dos crimes
também aparecem conflitos
com traficantes e assaltos. Uma
das vítimas foi morta por não
ter dinheiro.
MORTE NA ESCOLA - Renato
dos Santos Pinto, 16, foi morto
com cinco tiros no último dia
de Carnaval no pátio de uma
escola municipal de São Paulo.
Ele foi fuzilado quando, segundo seus pais, jogava bola com
outros dez garotos por volta
das 22h na escola José Alcântara Machado Filho, no Real Parque (zona sudoeste).
"Não imagino o motivo do
crime. Uma coisa é certa, queriam pegar o meu filho", disse
José Leão. Segundo o tio do garoto, Raimundo Costa, Renato
tinha abandonado os estudos
há um ano. Costa disse que o
garoto costumava ir ao colégio,
uma ou duas vezes por semana,
à noite para jogar bola.
Já colegas de Renato afirmaram que o rapaz e outros quatro ou cinco amigos costumavam invadir o colégio à noite
para usar drogas. Eles disseram
que Renato pode ter sido morto por causa de suposta dívida
com traficantes.
BALA PERDIDA - Luís Fernando dos Santos Silva, 5, foi
atingido na perna por uma bala
perdida no Limão (zona norte).
Ele estava atravessando a rua
Sampaio Correa com o pai na
mesma hora em que três homens trocavam tiros. Heitor
Miranda, 20, envolvido no tiroteio, morreu.
BAILE - Às 3h45 de segunda-feira, Sebastião Ferreira dos
Santos, 21, e Luciano Santos,
23, foram mortos a tiros em
uma briga em um baile em
Osasco (Grande São Paulo).
Até ontem, ninguém havia sido
preso.
IRMÃ - O segurança Carlos
Damasceno, 24, matou a própria irmã e um vizinho em um
bar do Jardim Horizonte Azul
(zona sul de SP) na noite de domingo, de acordo com a polícia. Segundos os policiais, ele
flagrou a irmã discutindo com
uma vizinha. Ao não obter resposta sobre o motivo da briga,
começou a atirar. A vizinha e o
dono do bar foram feridos.
SEM DINHEIRO - O pedreiro
Cristiano José dos Santos, 25,
foi morto a tiros às 2h de domingo na avenida Sapopemba
(zona sudoeste) porque não tinha dinheiro para dar aos assaltantes.
BRIGA NO TRÂNSITO -O instrutor de auto-escola Ricardo
Donizette Ferreira, 23, foi morto pelo motorista da Viação
Isaura Aristeu Gomes Ferreira
Junior, 30, na noite de domingo, segundo a polícia. Irritado
porque o ônibus passou sobre
uma poça e espirrou lama em
seu Fiat 147, o instrutor teria resolvido segui-lo até o ponto final, na Cohab Prestes Maia (Cidade Tiradentes). Segundo a
polícia, ele então entrou no
ônibus e começou a discutir
com o motorista, que sacou um
revólver e o matou. Antes de
fugir, ele ainda feriu Clayton
Donizette Coutinho, 24, amigo
de Ricardo, segundo a polícia.
REAÇÃO - Um ciclista não
identificado foi morto com
dois tiros após reagir a um assalto na avenida Alcides Sangirard (zona oeste de SP). O crime foi anteontem às 12h45,
próximo à ponte Ary Torres,
no último dia de Carnaval.
Segundo a polícia, ele levou
um tiro na cabeça e outro no
ombro. O rapaz foi socorrido
pelo comerciante Edgard Louis
Sader, 41. A polícia do 34º DP
(Distrito Policial), onde o crime foi registrado, ainda não
tem informações sobre a identidade do ciclista. O Hospital
das Clínicas e o IML (Instituto
Médico Legal) informaram que
nenhum familiar compareceu
para reconhecer o corpo. A bicicleta não foi encontrada.
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