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TRANSPORTE
Nova regra de repasse ficará suspensa por 90 dias
Após greve, Serra recua e aceita mudar pagamento de perueiros
RICARDO BRANDT
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo José Serra (PSDB) recuou ontem nas negociações com
os perueiros e aceitou mudar a
forma de pagamento pelo serviço,
após a greve de anteontem que
parou parte da cidade.
Por um período de 90 dias deve
ficar suspenso o novo sistema de
pagamento adotado desde o término das regras provisórias para
as permissão, no último dia 5.
O sistema que motivou a greve
adota as regras dos contratos firmados em julho de 2003, pela
qual eles ganhariam entre R$ 0,63
e R$ 0,93 por passageiro.
Antes, pelas normas da regra
transitória, eles recebiam tudo
aquilo que arrecadavam, mas não
ganhavam pelas baldeações gratuitas do bilhete único nem pela
condução de idosos.
Com o acordo, por um período
de três meses, o total arrecadado
por peruas e ônibus será dividido
em duas partes proporcionais aos
custos de cada sistema.
Apesar das duas partes terem
avaliado a reunião de mais de três
horas na Secretaria Municipal dos
Transportes como um avanço nas
negociações, não houve acordo
quanto a fatia do bolo que cabe a
cada parte. As empresas de ônibus alegam que os perueiros têm
direito a 30% do total arrecadado
por mês -algo em torno de R$
200 milhões. As cooperativas de
peruas alegam que sua parte do
bolo representa 40% do total.
"Nós somos responsáveis por
40% do transporte da cidade. Esse
é o índice mínimo que aceitamos
nessa divisão do total arrecadado", afirmou Senival Pereira de
Moura, do Sindilotação.
Apesar de os perueiros não aceitarem o percentual, o valor recebido seria superior aos cerca de
R$ 55 milhões previstos para serem repassados ao setor com a
atual fórmula de cobrança.
Uma nova paralisação está descartada pelo menos até a próxima
semana. Anteontem, a categoria
promoveu uma greve geral em
protesto por reajuste da remuneração que deixou 2 milhões de
passageiros sem condução, 53
ônibus danificados, além de ter
havido confronto com a polícia.
Hoje pela manhã, representantes da prefeitura e das cooperativas participarão de uma reunião
no Tribunal Regional do Trabalho para discutir a questão.
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