|
Texto Anterior | Índice
JOSÉ PÓVOA MENDES (1927-2010)
Médico e político que se converteu no fim da vida
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Antes, José Póvoa Mendes
não queria saber de religião.
Médico dermatologista que
se dedicou também à política
em Goiás, ele não tinha muito
tempo para o assunto.
Mas isso mudou. Em 2001,
Zé Mendes -como era chamado pelos amigos em Rio
Verde (GO), onde morou até o
fim da vida- ficou viúvo.
Casou-se de novo e começou a ter outros interesses. À
nora, evangélica, ele passou a
fazer perguntas sobre Deus. E
foi além: há algum tempo, solicitou em casa a visita diária
de um pastor evangélico.
Muito crente na ciência, ele
tentou, no final da vida, conciliá-la com a religião, como
conta o filho Marcelo.
Formado em 1957 pela Universidade Fluminense, no
Rio, voltou para seu Estado
para exercer sua profissão.
Dirigiu hospitais e instituições de saúde e foi vereador e
presidente da Câmara Municipal na cidade de Goiás.
Fez crônicas para jornais
do Estado, integrou a Academia Rio-Verdense de Letras e
era ainda o presidente honorário do PSDB, partido que
ajudou a fundar na cidade.
Uma de suas atividades
prediletas era escrever. Tinha
sempre uma caneta diferente
-delas, chegava a ter ciúmes
se alguém as pegasse. A biblioteca que deixou ele pediu
que fosse doada à academia.
Do consultório, doutor Póvoa já havia se afastado há uns
dois anos. Na sexta-feira, devido a uma septicemia, ele
morreu aos 82. Teve cinco filhos, dez netos e um bisneto.
A missa de sétimo dia será
hoje, às 19h, na igreja de São
Sebastião, em Rio Verde.
coluna.obituario@uol.com.br
Texto Anterior: Mortes Índice
|