São Paulo, quinta-feira, 18 de março de 2010

Texto Anterior | Índice

JOSÉ PÓVOA MENDES (1927-2010)

Médico e político que se converteu no fim da vida

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Antes, José Póvoa Mendes não queria saber de religião.
Médico dermatologista que se dedicou também à política em Goiás, ele não tinha muito tempo para o assunto.
Mas isso mudou. Em 2001, Zé Mendes -como era chamado pelos amigos em Rio Verde (GO), onde morou até o fim da vida- ficou viúvo.
Casou-se de novo e começou a ter outros interesses. À nora, evangélica, ele passou a fazer perguntas sobre Deus. E foi além: há algum tempo, solicitou em casa a visita diária de um pastor evangélico.
Muito crente na ciência, ele tentou, no final da vida, conciliá-la com a religião, como conta o filho Marcelo.
Formado em 1957 pela Universidade Fluminense, no Rio, voltou para seu Estado para exercer sua profissão.
Dirigiu hospitais e instituições de saúde e foi vereador e presidente da Câmara Municipal na cidade de Goiás.
Fez crônicas para jornais do Estado, integrou a Academia Rio-Verdense de Letras e era ainda o presidente honorário do PSDB, partido que ajudou a fundar na cidade.
Uma de suas atividades prediletas era escrever. Tinha sempre uma caneta diferente -delas, chegava a ter ciúmes se alguém as pegasse. A biblioteca que deixou ele pediu que fosse doada à academia.
Do consultório, doutor Póvoa já havia se afastado há uns dois anos. Na sexta-feira, devido a uma septicemia, ele morreu aos 82. Teve cinco filhos, dez netos e um bisneto.
A missa de sétimo dia será hoje, às 19h, na igreja de São Sebastião, em Rio Verde.

coluna.obituario@uol.com.br


Texto Anterior: Mortes
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.