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Rockson Gracie morreu de overdose, diz laudo
SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK
O lutador Rockson Gracie morreu de overdose de drogas ilegais
e medicamentos, divulgou anteontem o Medical Examiner Office de Nova York (o equivalente
local do Instituto Médico Legal), e
não de acidente de motocicleta,
como afirmou sua família na época em que soube da morte, em fevereiro deste ano.
O brasileiro tinha 19 anos e era
neto de Hélio Gracie, que introduziu o jiu-jítsu no Brasil na primeira metade do século passado e
a partir da luta marcial criou um
estilo próprio, hoje batizado com
o sobrenome da família e conhecido no mundo inteiro.
Seu pai é Rickson, que é o maior
expoente atual da modalidade e
mora em Los Angeles. Procurada
ontem pela Folha, a família não
quis comentar o caso.
O lutador foi encontrado no dia
9 de dezembro no Hotel Providence, um lugar decadente na Bowery Street, sul de Manhattan, depois de denúncia anônima. O hotel é frequentado por mendigos,
drogados e prostitutas. Como estava sem documentos, o corpo foi
enterrado com indigentes.
Segundo o laudo do Medical Office, a causa da morte foi intoxicação aguda por efeitos combinados de cocaína, opiáceos (designação genérica para drogas como
heroína e morfina), diazepam
(nome genérico do ansiolítico Valium), doxilamim (princípio ativo
do sonífero Somnyx, vendido livremente em farmácias), hidrocodom (componente de analgésicos vendidos sob prescrição médica) e metorfam (anti-histamínico presente em remédios vendidos sem receita).
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