JULIO ABRAMCZYK

Atualmente todos sabemos da importância de tratar a hipertensão. Mas os estudos mostrando os benefícios do tratamento têm apenas pouco mais de 50 anos.
O médico Eduardo Barbosa Coelho e colaboradores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP (Tufik José Magalhães Geleilete e Fernando Nobre) relatam no último número da "Revista Brasileira de Hipertensão" os estudos que demonstraram, pela primeira vez, os benefícios do tratamento anti-hipertensivo.
Para os autores, mais do que um marco na história do tratamento da hipertensão, estudos da década de 1950 mostraram redução da mortalidade em pacientes com hipertensão maligna. Essa observação lançou significativa mudança da decisão terapêutica.
Os primeiros agentes farmacológicos hipotensores e de uso oral, como a hidralazina (vasodilatador) apareceram por volta de 1950. Em seguida, surgiram a reserpina e os diuréticos não mercuriais, que indicaram a eficácia do tratamento através da redução de mortes e de complicações,como os derrames e o infarto.
O trabalho de Barbosa, Geleilete e Nobre assinala ainda a pesquisa definitiva, realizada nos EUA, que provou que tratar a hipertensão arterial por cinco anos reduz o risco de complicações cardiovasculares em 55%. Da mesma forma, o tratamento hipotensor em pacientes hipertensos de 60 anos ou mais também teve a redução do risco cardiovascular comprovada.


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