São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2008

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Fiocruz lança novo remédio para combater a malária

DA REPORTAGEM LOCAL

Um novo remédio contra a malária foi lançado ontem por pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). A droga foi desenvolvida em parceria com a DNDi (Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas), uma entidade internacional sem fins lucrativos, e será distribuída na América Latina e Ásia.
O medicamento foi testado recentemente na região Norte por 17 mil pacientes, e os resultados preliminares mostram que o uso do medicamento provocou uma queda de 70% nos casos de malária entre os pacientes estudados.
A droga é recomendada contra a malária causada pelo Plasmodium falciparum, responsável por 25% de 1 milhão de casos da doença na América Latina. No Sudeste Asiático, há outro 1,5 milhão de ocorrências da malária.
De acordo com a DNDi, o tratamento, chamado de ASMQ (combinação em dose fixa das substâncias artesunato e mefloquina), também poderá ser usado na África, onde há milhões de casos da doença.
"Esse é um dos quatro TCAs (Tratamentos Combinados com Artemisinina) recomendados pela Organização Mundial da Saúde para combater a malária falciparum na Ásia e América Latina", explicou a DNDi, em um comunicado.
O tratamento completo de três dias de ASMQ tem preço previsto de US$ 2,50 por paciente adulto.
A terapia convencional, à base de quinino, dura sete dias, provoca efeitos colaterais e, se não for completa, pode causar recaídas e tornar a malária mais resistente.
Segundo a DNDi, a vantagem do novo remédio é que oferece doses fixas, mais fáceis de usar e também adaptáveis para crianças, as principais vítimas da malária em escala mundial.
A Farmanguinhos fabricará e distribuirá o ASMQ.
O desenvolvimento do remédio custou 7,8 milhões de euros e foi financiado em conjunto pela UE (União Européia), pelos governos de França, Espanha, Holanda e Reino Unido, pela organização Médicos Sem Fronteiras, além de contar com ajuda da Farmanguinhos.
(CLÁUDIA COLLUCCI)


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