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Roupa é moeda corrente
da Reportagem Local
Os flanelinhas também
aceitam roupas, cestas básicas ou vales-refeição dos
estudantes que não querem
pagar as mensalidades em
dinheiro.
É o caso da estudante do
terceiro ano de engenharia
civil Érica Foltran, 23, que
pára o carro na rua Itatiara,
ao lado da Faap.
"Antes eu parava mais
longe, pagava e deixava a
chave com o guardador.
Depois eu fiz esse acordo
com o Alemão e pago ele
com roupas usadas da minha família", diz Érica.
Ela diz que o guardador
"é gente fina, ao contrário
de outros". Como retribuição pelas roupas que recebe
todo mês, Alemão reserva
uma vaga para Érica parar
seu carro, todas as manhãs,
em frente a uma das portas
da faculdade. "A minha
mala é muito pesada, tem
livros e material de desenho, e eu não aguento carregar muito. Por isso é bom
parar perto", diz.
Alemão diz trabalhar há
quatro anos como guardador de carros, perto da
Faap. Antes, era jogador de
futebol, em Belém (PA). Ele
também afirma que não
obriga as pessoas a dar dinheiro, mas pede "uma
contribuição".
Cerca de dez guardadores
ocupam as ruas próximas à
Faap, como Itatiara, Armando Álvares Penteado e
Alagoas.
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