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"Guerra" do tráfico no Rio faz
18 mortos em uma semana
SERGIO TORRES
da Sucursal do Rio
Em uma semana de "guerra"
entre traficantes, 18 pessoas foram assassinadas no morro do
Chapadão (zona norte do Rio).
As últimas seis mortes ocorreram anteontem. Policiais federais e militares e fuzileiros navais
invadiram a favela e mataram
seis supostos traficantes.
Não é comum a Polícia Federal
participar de ações conjuntas
com a Polícia Militar. A ação de
agentes federais no morro está
sendo interpretada como uma
represália pelos moradores.
Na segunda-feira passada, teria sido roubado perto da favela
o Corsa do delegado Júlio César
Pina do Amaral, da repartição
da PF em Nova Iguaçu.
Foi o próprio delegado Pina do
Amaral quem comandou a ação
na favela, anteontem à tarde.
Na versão apresentada pelo
comando da operação à Polícia
Civil, as mortes aconteceram depois que dez supostos traficantes reagiram a tiros à abordagem
dos policiais. Baleados, seis deles chegaram mortos ao hospital
Carlos Chagas (zona oeste).
A Folha tentou ontem ouvir o
delegado Pina do Amaral, mas
não o encontrou. Na Delegacia
de Dia da PF, o chefe de equipe,
que se identificou como Schlerman, comemorou a morte dos
suspeitos. "Pena que não morreram 50. A polícia fez um trabalho social na favela", afirmou o
chefe de equipe.
A disputa entre quadrilhas rivais no morro do Chapadão começou no fim-de-semana passado. As mortes têm sido diárias.
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