AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL

O palanque que começou a ser montado uma semana antes de 1º de maio, para o show em comemoração do Dia do Trabalho, continua montado na avenida Paulista, causando transtornos.
Um ponto de ônibus teve de mudar de lugar -sua cobertura foi retirada e as cadeiras foram para baixo das estruturas do palco. As pessoas têm só 1 m para passar pelo lado esquerdo da via, na altura do número 900, sentido Consolação. É impossível andar no canteiro central da avenida.
Na calçada, embaixo da estrutura do palanque, há muita sujeira e lixo: copos plásticos, papel, canudos, garrafas plástica de refrigerante. Como há uma tela cercando o local, aparentemente não é possível entrar para varrer.
Os problemas continuarão pelo menos até o dia 30. A estrutura não foi desmontada, segundo a São Paulo Turismo (responsável pelos eventos da prefeitura), para diminuir os custos de montagem e desmontagem. No dia 26, haverá a Marcha por Jesus no local e, no dia 29, ocorre a Parada Gay -ambas usarão a estrutura.
Para a administradora Lucineide Delarmelino, que toma ônibus no local, a prefeitura não poderia ter mantido o palco dessa forma. "O ponto de ônibus já passou para dois lugares diferentes e fica confuso", disse.
Danielle Macedo, 18, passa pelo local para ir à faculdade e também reclamou. "Já era apertado para passar, agora ficou ainda pior. Forma até fila."
Segundo o presidente da Associação Paulista Viva, Nelson Baeta Neves, a partir de junho haverá uma tentativa de não "banalizar" a avenida. Ele disse, no entanto, que a vantagem do palco é reduzir a área afetada pelos eventos do mês. "A parada começará naquele ponto e não atingirá a Bernardino de Campos e a praça Oswaldo Cruz."
Segundo ele, em 2006 não deverá ser feita a comemoração do Dia do Trabalho na avenida. A idéia é mudar também a Parada Gay e a Marcha para Jesus.


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