São Paulo, quarta-feira, 18 de maio de 2005

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EDUCAÇÃO

Universidade aprovou 86,53% dos seus 438 candidatos que fizeram a prova, contra 85,96% dos 413 da USP

Pela primeira vez, PUC supera USP no ranking da OAB

FERNANDA BASSETTE
FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL

A PUC-SP foi a instituição que obteve o maior índice de aprovação no último exame concluído da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil). Na segunda posição ficou a Faculdade de Direito da USP, que tradicionalmente lidera o ranking.
A prova, nš 125, foi aplicada em janeiro deste ano. A aprovação no exame é exigência para que o bacharel possa exercer a profissão.
Segundo a presidente da Comissão do Exame de Ordem da OAB-SP, Ivete Senise Ferreira, a USP liderou o ranking nos últimos oito anos. "Há muito tempo, a USP já perdeu para a Unesp."
A PUC-SP aprovou 86,53% dos seus 438 candidatos que fizeram a prova. A USP habilitou 85,96% dos seus 413 inscritos.
O terceiro lugar ficou com a UEL (Universidade Estadual de Londrina), com 85,71% de aprovação, seguida do Mackenzie (78,17%) e da Associação Educacional Toledo, de Presidente Prudente, em São Paulo (73,39%).
O percentual de aprovados no exame foi de 20,65% (5.727). Fizeram inscrição 27.724 bacharéis e estiveram presentes 26.912.
A OAB divulgou anteontem o ranking dos aprovados na primeira fase do exame nš 126, considerado o pior desempenho da história da prova. Apenas 12,2% passaram para a segunda fase.

Prática
Para Mônica de Melo, coordenadora do curso da PUC-SP, a classificação da sua universidade reflete a boa qualificação do quadro docente -os professores têm, no mínimo, título de mestre.
Ela destaca as atividades práticas aplicadas, principalmente por meio de seminários, que ocupam praticamente metade da carga horária do currículo. Segundo ela, após as aulas expositivas, os alunos fazem discussões sobre "situações concretas", como a questão da anencefalia, julgada pelo Supremo Tribunal Federal.
Estudantes da PUC-SP ouvidos pela Folha elogiaram a estrutura do curso e o corpo docente. "As situações expostas nos seminários são reais", afirmou Natasha Anceschi, 19, do terceiro ano.
Por outro lado, os universitários disseram que a estrutura física não é a ideal. "Quando a gente entra aqui, eles já falam: não vai ter apoio tecnológico", contou Caio Costa, 20, do segundo ano.
Nenhum responsável pelo curso da USP foi encontrado para comentar o resultado.


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