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EDUCAÇÃO
Universidade aprovou 86,53% dos seus 438 candidatos que fizeram a prova, contra 85,96% dos 413 da USP
Pela primeira vez, PUC supera USP no ranking da OAB
FERNANDA BASSETTE
FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
A PUC-SP foi a instituição que
obteve o maior índice de aprovação no último exame concluído
da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil). Na segunda posição ficou a Faculdade de Direito
da USP, que tradicionalmente lidera o ranking.
A prova, nš 125, foi aplicada em
janeiro deste ano. A aprovação no
exame é exigência para que o bacharel possa exercer a profissão.
Segundo a presidente da Comissão do Exame de Ordem da
OAB-SP, Ivete Senise Ferreira, a
USP liderou o ranking nos últimos oito anos. "Há muito tempo,
a USP já perdeu para a Unesp."
A PUC-SP aprovou 86,53% dos
seus 438 candidatos que fizeram a
prova. A USP habilitou 85,96%
dos seus 413 inscritos.
O terceiro lugar ficou com a
UEL (Universidade Estadual de
Londrina), com 85,71% de aprovação, seguida do Mackenzie
(78,17%) e da Associação Educacional Toledo, de Presidente Prudente, em São Paulo (73,39%).
O percentual de aprovados no
exame foi de 20,65% (5.727). Fizeram inscrição 27.724 bacharéis e
estiveram presentes 26.912.
A OAB divulgou anteontem o
ranking dos aprovados na primeira fase do exame nš 126, considerado o pior desempenho da
história da prova. Apenas 12,2%
passaram para a segunda fase.
Prática
Para Mônica de Melo, coordenadora do curso da PUC-SP, a
classificação da sua universidade
reflete a boa qualificação do quadro docente -os professores
têm, no mínimo, título de mestre.
Ela destaca as atividades práticas aplicadas, principalmente por
meio de seminários, que ocupam
praticamente metade da carga
horária do currículo. Segundo ela,
após as aulas expositivas, os alunos fazem discussões sobre "situações concretas", como a questão da anencefalia, julgada pelo
Supremo Tribunal Federal.
Estudantes da PUC-SP ouvidos
pela Folha elogiaram a estrutura
do curso e o corpo docente. "As
situações expostas nos seminários são reais", afirmou Natasha
Anceschi, 19, do terceiro ano.
Por outro lado, os universitários
disseram que a estrutura física
não é a ideal. "Quando a gente entra aqui, eles já falam: não vai ter
apoio tecnológico", contou Caio
Costa, 20, do segundo ano.
Nenhum responsável pelo curso da USP foi encontrado para comentar o resultado.
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