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Polícia faz blitz no Galeão contra grupo que atacava turistas
Segundo a polícia, funcionários do aeroporto davam informações à quadrilha que assaltava os viajantes na Linha Vermelha, no Rio
De acordo com o delegado responsável, a quadrilha faz parte de um esquema de lavagem de dinheiro, investigado pela PF
DA SUCURSAL DO RIO
Em operação para combater
doleiros ilegais e quadrilha de
assaltantes de turistas em aeroporto, 11 falsos carregadores de
mala foram presos ontem e outras 46 pessoas detidas pela Polícia Civil, no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, na
Ilha do Governador, zona norte
do Rio de Janeiro.
As investigações no Galeão
começaram há dois meses. A
polícia suspeitava que funcionários davam informações sobre os turistas a quadrilhas que
os assaltavam na Linha Vermelha (ligação entre o aeroporto e
a zona sul). Policiais se infiltraram no aeroporto como agentes de turismo e como taxistas e
desvendaram o esquema dos
falsos maleiros.
Além dos falsos carregadores, entre os detidos estão ainda 12 atendentes de empresas
de táxis do aeroporto e dez falsos taxistas. Todos foram levados para a Delegacia de Proteção ao Turista (Deat) e estão
sendo investigados.
A operação, batizada de Blecaute, contou com um efetivo
de 120 policiais. A caminho do
aeroporto, o comboio foi alvejado por traficantes de uma favela, mas ninguém ficou ferido.
Na operação, foram apreendidos R$ 132.000. No carro de
um dos maleiros foram encontrados R$ 40 mil e US$ 6.000.
De acordo com o titular da
Deat, delegado Fernando Veloso, os falsos carregadores fazem parte de um esquema
maior, que está sendo investigado pela Polícia Federal.
"A dinâmica da quadrilha dá
a entender que eles também fazem parte de um esquema de
lavagem de dinheiro", disse. Segundo ele, também há informações sobre homicídios e roubos
entre os próprios carregadores.
O secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, que estava no aeroporto no
momento da operação a caminho de Brasília, disse que provavelmente esses doleiros ilegais também davam informações sobre os turistas para as
quadrilhas de assaltantes.
A operação foi desencadeada
pela Deat, e, por uma questão
de efetivo, contou com a ajuda
das Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis, Delegacia
de Proteção à Criança e ao adolescente e da Delegacia do Aeroporto Internacional do Rio
de Janeiro.
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