São Paulo, sexta-feira, 18 de maio de 2007

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Polícia faz blitz no Galeão contra grupo que atacava turistas

Segundo a polícia, funcionários do aeroporto davam informações à quadrilha que assaltava os viajantes na Linha Vermelha, no Rio

De acordo com o delegado responsável, a quadrilha faz parte de um esquema de lavagem de dinheiro, investigado pela PF

DA SUCURSAL DO RIO

Em operação para combater doleiros ilegais e quadrilha de assaltantes de turistas em aeroporto, 11 falsos carregadores de mala foram presos ontem e outras 46 pessoas detidas pela Polícia Civil, no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro.
As investigações no Galeão começaram há dois meses. A polícia suspeitava que funcionários davam informações sobre os turistas a quadrilhas que os assaltavam na Linha Vermelha (ligação entre o aeroporto e a zona sul). Policiais se infiltraram no aeroporto como agentes de turismo e como taxistas e desvendaram o esquema dos falsos maleiros.
Além dos falsos carregadores, entre os detidos estão ainda 12 atendentes de empresas de táxis do aeroporto e dez falsos taxistas. Todos foram levados para a Delegacia de Proteção ao Turista (Deat) e estão sendo investigados.
A operação, batizada de Blecaute, contou com um efetivo de 120 policiais. A caminho do aeroporto, o comboio foi alvejado por traficantes de uma favela, mas ninguém ficou ferido.
Na operação, foram apreendidos R$ 132.000. No carro de um dos maleiros foram encontrados R$ 40 mil e US$ 6.000.
De acordo com o titular da Deat, delegado Fernando Veloso, os falsos carregadores fazem parte de um esquema maior, que está sendo investigado pela Polícia Federal.
"A dinâmica da quadrilha dá a entender que eles também fazem parte de um esquema de lavagem de dinheiro", disse. Segundo ele, também há informações sobre homicídios e roubos entre os próprios carregadores.
O secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, que estava no aeroporto no momento da operação a caminho de Brasília, disse que provavelmente esses doleiros ilegais também davam informações sobre os turistas para as quadrilhas de assaltantes.
A operação foi desencadeada pela Deat, e, por uma questão de efetivo, contou com a ajuda das Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis, Delegacia de Proteção à Criança e ao adolescente e da Delegacia do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.


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