São Paulo, segunda-feira, 18 de junho de 2001

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Desfile tem muito decote e topless

DA REPORTAGEM LOCAL

Pelo visual de muitos participantes da 5ª Parada GLBT, a onda do silicone, que seduziu até a musa Luma de Oliveira, vem crescendo também entre os travestis.
Dançando sobre os carros de som ou no chão, muitos homossexuais desfilaram seus peitos na Paulista, sem economizar no topless nem nos decotes.
Samantha, 23, fantasiada de Branca de Neve, apenas de capa e calcinha, disse ter feito aplicações também no bumbum e nos lábios. "Já que São Paulo não tem praia, temos de aproveitar aqui."
Aretusa, 19, dançarina de boate, disse que deu "uma calibrada" para o desfile deste ano. "No ano passado, desfilei comportada. Mas agora quis mostrar meus peitos novos", afirmou, sem contar quantos mililitros aplicou.
Com a animação da parada, um travesti, ao som de "It's Rainning Men", chegou a subir e dançar no alto do guindaste de um caminhão da Eletropaulo, cujos técnicos faziam reparos na fiação de um poste.
Para alguns, no entanto, a alegria não foi completa. Depois de passear no trenzinho das lésbicas, Daniela, 25, e a namorada, Clarice, 32, ambas corintianas, ficaram desconsoladas, às 17h, ao saber da derrota por 3 a 1 para o Grêmio no estádio do Morumbi.
Na esquina da Paulista com a Consolação, Wilson, 33, e Sílvio, 35, bateram boca por causa do clima de paquera e muita azaração. Sílvio estava com ciúmes e queria voltar para casa. "Não aconteceu nada. Só encontrei alguns amigos", repetia Wilson. (EM e SC)


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