São Paulo, domingo, 18 de junho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PM invade presídios e põe fim a motins no interior paulista

MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

MARIA FERNANDA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

A Tropa de Choque da Polícia Militar invadiu ontem duas penitenciárias no Estado de São Paulo e pôs fim aos dois motins, iniciados simultaneamente na tarde de anteontem e comandados pela facção PCC (Primeiro Comando da Capital). As rebeliões ocorreram um mês após uma série de rebeliões também lideradas pela organização criminosa.
No total, um preso morreu (ele foi assassinado pelos colegas), 19 ficaram feridos, além de um agente penitenciário. Os presídios ficaram completamente destruídos.
Na Penitenciária 2 de Itirapina (213 km de SP ), a ação da PM encerrou por volta das 11h a segunda rebelião do ano no presídio, que durou 21 horas e deixou um preso morto e quatro feridos, sendo um deles um agente penitenciário com fratura exposta na perna.
Já em Araraquara, a rebelião terminou ontem, às 8h15, após cerca de 18 horas de motim, com a entrada da PM e a liberação de nove reféns -um médico e oito agentes. Segundo o diretor do Sifuspesp (sindicato dos funcionários do sistema prisional paulista), João Batista Pancioni, 15 presos sofreram ferimentos leves durante a entrada dos 160 PMs e foram levados para o hospital. Nenhum refém ficou ferido.
As duas penitenciárias estavam lotadas. O presídio de Araraquara, que tem capacidade para 750 detentos e abrigava 1.543, ficou destruído. Segundo uma funcionária, as portas das celas foram arrancadas e o telhado, quebrado.
Na tarde de sexta, presos de Mirandópolis, também no interior, se rebelaram no mesmo horário das outras duas prisões. O motim acabou na noite de anteontem.


Texto Anterior: Restaurantes têm esquema especial hoje
Próximo Texto: Em Itirapina, até enfermaria foi destruída
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.