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PM invade presídios e põe fim a motins no interior paulista
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
MARIA FERNANDA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Tropa de Choque da Polícia
Militar invadiu ontem duas penitenciárias no Estado de São
Paulo e pôs fim aos dois motins,
iniciados simultaneamente na
tarde de anteontem e comandados pela facção PCC (Primeiro Comando da Capital). As rebeliões ocorreram um mês
após uma série de rebeliões
também lideradas pela organização criminosa.
No total, um preso morreu
(ele foi assassinado pelos colegas), 19 ficaram feridos, além de
um agente penitenciário. Os
presídios ficaram completamente destruídos.
Na Penitenciária 2 de Itirapina (213 km de SP ), a ação da
PM encerrou por volta das 11h a
segunda rebelião do ano no
presídio, que durou 21 horas e
deixou um preso morto e quatro feridos, sendo um deles um
agente penitenciário com fratura exposta na perna.
Já em Araraquara, a rebelião
terminou ontem, às 8h15, após
cerca de 18 horas de motim,
com a entrada da PM e a liberação de nove reféns -um médico e oito agentes. Segundo o diretor do Sifuspesp (sindicato
dos funcionários do sistema
prisional paulista), João Batista Pancioni, 15 presos sofreram
ferimentos leves durante a entrada dos 160 PMs e foram levados para o hospital. Nenhum
refém ficou ferido.
As duas penitenciárias estavam lotadas. O presídio de Araraquara, que tem capacidade
para 750 detentos e abrigava
1.543, ficou destruído. Segundo
uma funcionária, as portas das
celas foram arrancadas e o telhado, quebrado.
Na tarde de sexta, presos de
Mirandópolis, também no interior, se rebelaram no mesmo
horário das outras duas prisões. O motim acabou na noite
de anteontem.
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