São Paulo, quinta, 18 de junho de 1998

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JEJUM
Para médicos, causa é excesso de esforço físico
Professores perdem peso rapidamente

da Sucursal de Brasília

Os professores universitários em greve de fome há três dias estão perdendo peso rapidamente, segundo avaliação médica. Na análise nutricional realizada ontem, a média de perda de peso dos docentes foi de 1,5 Kg desde o início do jejum, na segunda-feira.
O médico Cláudio Freitas, responsável pelo acompanhamento dos grevistas, avalia que eles estão perdendo peso rapidamente em função do excesso de esforço físico. Durante o dia, eles estão recebendo muitos jornalistas e visitas de representantes de entidades.
Ontem, o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, esteve no auditório Dois Candangos, na UnB, onde estão os professores que fazem a greve de fome.
Ele disse que apóia essa decisão dos professores e afirmou que "o governo é quem está perdendo." Em sua avaliação, o governo está agindo de forma truculenta com a categoria.
Ele afirmou que denominar a greve de fome de "eleitoreira" é uma acusação pobre, numa referência direta à afirmação do ministro Paulo Renato Souza (Educação). Na última segunda-feira, o ministro disse que a greve é de caráter político.
O professor Marcos Lourenço Herter, da Universidade Federal de Santa Catarina, aderiu ao jejum. Agora, são 16 docentes em greve de fome.
Desse total, seis estão tomando soro para evitar maior desidratação do organismo. Os outros estão tomando apenas água. Os grevistas são de 12 universidades federais. Estava previsto para o início da noite de ontem a chegada da professora Celi Taffarel para participar da greve de fome. Ela é professora do departamento de Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco.



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