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JEJUM
Para médicos, causa é excesso de esforço físico
Professores perdem
peso rapidamente
da Sucursal de Brasília
Os professores universitários
em greve de fome há três dias estão perdendo peso rapidamente,
segundo avaliação médica. Na
análise nutricional realizada ontem, a média de perda de peso
dos docentes foi de 1,5 Kg desde
o início do jejum, na segunda-feira.
O médico Cláudio Freitas, responsável pelo acompanhamento
dos grevistas, avalia que eles estão perdendo peso rapidamente
em função do excesso de esforço
físico. Durante o dia, eles estão
recebendo muitos jornalistas e
visitas de representantes de entidades.
Ontem, o presidente da CUT
(Central Única dos Trabalhadores), Vicente Paulo da Silva, o
Vicentinho, esteve no auditório
Dois Candangos, na UnB, onde
estão os professores que fazem a
greve de fome.
Ele disse que apóia essa decisão
dos professores e afirmou que
"o governo é quem está perdendo." Em sua avaliação, o governo está agindo de forma truculenta com a categoria.
Ele afirmou que denominar a
greve de fome de "eleitoreira" é
uma acusação pobre, numa referência direta à afirmação do ministro Paulo Renato Souza (Educação). Na última segunda-feira,
o ministro disse que a greve é de
caráter político.
O professor Marcos Lourenço
Herter, da Universidade Federal
de Santa Catarina, aderiu ao jejum. Agora, são 16 docentes em
greve de fome.
Desse total, seis estão tomando
soro para evitar maior desidratação do organismo. Os outros estão tomando apenas água. Os
grevistas são de 12 universidades
federais. Estava previsto para o
início da noite de ontem a chegada da professora Celi Taffarel para participar da greve de fome.
Ela é professora do departamento de Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco.
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