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Moradores não querem se mudar
DA REPORTAGEM LOCAL
O ajudante-geral Adão Severino Narciso, 42, morava com a
mulher e os três filhos em um dos
barracos destruídos "Só consegui
salvar o fogão e a geladeira", disse.
"Quem tem família vai para a
casa dos parentes. Como não tenho ninguém, daqui a pouco começo a limpar tudo para montar
uma barraca e passar a noite aqui
mesmo", afirmou Narciso. Ele se
recusava a ir para abrigos provisórios.
"Tirei as crianças. Quando voltei já não dava mais tempo de tirar
nada", disse o ajustador mecânico
Antônio Gonçalves de Souza, 43.
Ele morava em um barraco com a
mulher, sete filhos e quatro netos.
A família perdeu tudo após o incêndio.
Muitos moradores da favela recusavam a idéia de serem removidos para abrigos. "Como é que eu
vou com um monte de filhos para
um albergue", afirmou o ajudante
geral Narciso.
A faxineira Aparecida Maria
dos Santos é um dos moradores
que não querem ir para abrigos.
Ela morava em um barraco com o
marido, seis filhos e oito netos.
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