São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 2000


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Moradores não querem se mudar

DA REPORTAGEM LOCAL

O ajudante-geral Adão Severino Narciso, 42, morava com a mulher e os três filhos em um dos barracos destruídos "Só consegui salvar o fogão e a geladeira", disse.
"Quem tem família vai para a casa dos parentes. Como não tenho ninguém, daqui a pouco começo a limpar tudo para montar uma barraca e passar a noite aqui mesmo", afirmou Narciso. Ele se recusava a ir para abrigos provisórios.
"Tirei as crianças. Quando voltei já não dava mais tempo de tirar nada", disse o ajustador mecânico Antônio Gonçalves de Souza, 43. Ele morava em um barraco com a mulher, sete filhos e quatro netos. A família perdeu tudo após o incêndio.
Muitos moradores da favela recusavam a idéia de serem removidos para abrigos. "Como é que eu vou com um monte de filhos para um albergue", afirmou o ajudante geral Narciso.
A faxineira Aparecida Maria dos Santos é um dos moradores que não querem ir para abrigos. Ela morava em um barraco com o marido, seis filhos e oito netos.


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