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Lei deve criar batalha judicial
da Reportagem Local
O futuro da nova lei dos bares
promete ser uma batalha judicial
envolvendo bares autuados, entidades representantes dos estabelecimentos e a prefeitura. Os bares
alegam que a lei não tem efeito. A
prefeitura diz que vai usá-la para
autuar os estabelecimentos.
A origem da confusão são as falhas da lei, de autoria do vereador
Jooji Hato (PMDB), que antes de
ser aprovada tramitou na Câmara
por três anos e saiu defeituosa.
O problema é que o texto cria
regras exclusivamente para "bares". Mas não há, na nova lei ou
em outra legislação válida em SP,
definição clara do que é "bar".
A prefeitura foi à rua mesmo assim e autuou 12 bares na madrugada de quinta-feira.
Horas depois, a Justiça concedeu liminar ao sindicato dos bares dizendo que bar tem "como
único negócio a venda de bebidas
alcoólicas".
A interpretação foi comemorada pelos bares. Para o sindicato,
nenhum estabelecimento de São
Paulo se enquadrava na lei.
A prefeitura entendeu o mesmo
e chegou a cancelar a fiscalização
na madrugada de sexta-feira.
Mas na manhã de sexta a fiscalização foi ressuscitada pela prefeitura, que decidiu usar a definição
constante do alvará de cada estabelecimento.
Mesmo assim, em blitz na madrugada de ontem, nenhum bar
foi multado pela nova lei. Foram
autuados 13 bares, em Santana,
Tatuapé e no centro, mas por falta
de higiene, alvará e segurança.
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