DA REPORTAGEM LOCAL

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP aderiu ao boicote à seguradoras de saúde que ocorre na capital paulista. Uma carta que libera os 2.000 profissionais que atendem seguros saúde, todos assalariados, a fazer parte do movimento deve circular hoje no hospital, informou Marcos Boulos, diretor-clínico da unidade.
A decisão foi comunicada durante assembléia dos médicos na noite de ontem. Trata-se de uma vitória, na avaliação do movimento, pois na prática é a primeira adesão de uma grande instituição. "A USP está dando o exemplo", afirmou Eleuses Paiva, presidente da Associação Médica Brasileira.
Os profissionais querem a incorporação de classificação de procedimentos médicos pelas operadoras e aumentos de remunerações. Durante o protesto, os médicos referenciados -que constam nos catálogos das operadoras -cobram diretamente do paciente o valor considerado justo para a consulta, R$ 42. Normalmente, os referenciados recebem diretamente das operadoras, e segundo suas tabelas.
Segundo Boulos, a decisão é calcada no fato dos contratos dos pacientes preverem o atendimento por reembolso, independentemente do vínculo dos profissionais. Eles darão recibos para o paciente buscar o reembolso.


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