São Paulo, domingo, 18 de setembro de 2005

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TRANSPORTE

Testes foram realizados nos horários de pico

Usuário leva até 9 min para comprar bilhete e embarcar no Metrô de SP

DO "AGORA"

Na semana em que o Metrô paulistano completou 31 anos, a reportagem testou os serviços de venda de bilhetes e embarque de passageiros. O levantamento apontou que o usuário leva de dois a nove minutos para comprar um bilhete e embarcar.
Entre os dias 12 e 14, a reportagem percorreu, nos horários de pico, 19 estações das três principais linhas do sistema. Mesmo nas mais carregadas, o tempo de espera nas filas dos guichês não superou o limite de três minutos -estipulado pelo Metrô.
"Organizamos o sistema de uma maneira que, em 80% dos casos, os usuários não tenham de esperar mais de três minutos na fila do guichê", explica o gerente de operações do Metrô, Conrado Grava de Souza.
Nas estações, a reportagem cronometrou o tempo do momento em que entrava na fila dos guichês de venda dos bilhetes até a entrada em um trem.
Além das filas, influíram no cálculo a distância entre os guichês e as plataformas -que varia de acordo com a estação- e a demora para embarcar (na Liberdade, por exemplo, a superlotação impediu que dois trens seguidos fossem tomados).
O tempo maior, de nove minutos, foi registrado na estação Corinthians-Itaquera (zona leste). Lá, há enormes filas, com centenas de pessoas concentradas, principalmente, nas catracas. Apesar disso, a fila anda relativamente rápido: em cerca de três minutos, foi superada.
"Com a multidão que passa por aqui, até que não é muito tempo", disse o segurança Nilson Santana, 48, enquanto caminhava pela fila.
Segundo Grava, a grande concentração de usuários na estação se deve às características sociais da zona leste, que oferece poucas oportunidades de emprego. "Os bairros da região se tornam cidades-dormitório, e todos os moradores saem diariamente, no mesmo horário, para trabalhar em outras partes da cidade."
Para atender à demanda, a linha 3 trabalha, nos horários de pico, com um intervalo entre trens de um minuto e 41 segundos -um dos menores do mundo.
O Metrô enfrentou uma crise em março do ano passado, quando a empresa retirou, após quatro anos de falhas técnicas e reclamações constantes dos passageiros, as 258 máquinas que faziam a venda automática de bilhetes.
Na ocasião, para evitar uma explosão das filas, o Metrô ampliou o número de guichês nas estações e introduziu novidades: a fila única para vários guichês e o monitor eletrônico, que informa o número do guichê livre, como o de agências bancárias -atualmente, o sistema funciona na Sé e na Barra Funda. Um ano depois, a situação é considerada estabilizada.


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