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TRANSPORTE
Testes foram realizados nos horários de pico
Usuário leva até 9 min para comprar bilhete e embarcar no Metrô de SP
DO "AGORA"
Na semana em que o Metrô
paulistano completou 31 anos, a
reportagem testou os serviços de
venda de bilhetes e embarque de
passageiros. O levantamento
apontou que o usuário leva de
dois a nove minutos para comprar um bilhete e embarcar.
Entre os dias 12 e 14, a reportagem percorreu, nos horários de
pico, 19 estações das três principais linhas do sistema. Mesmo
nas mais carregadas, o tempo de
espera nas filas dos guichês não
superou o limite de três minutos
-estipulado pelo Metrô.
"Organizamos o sistema de
uma maneira que, em 80% dos
casos, os usuários não tenham de
esperar mais de três minutos na
fila do guichê", explica o gerente
de operações do Metrô, Conrado
Grava de Souza.
Nas estações, a reportagem cronometrou o tempo do momento
em que entrava na fila dos guichês
de venda dos bilhetes até a entrada em um trem.
Além das filas, influíram no cálculo a distância entre os guichês e
as plataformas -que varia de
acordo com a estação- e a demora para embarcar (na Liberdade, por exemplo, a superlotação
impediu que dois trens seguidos
fossem tomados).
O tempo maior, de nove minutos, foi registrado na estação Corinthians-Itaquera (zona leste).
Lá, há enormes filas, com centenas de pessoas concentradas,
principalmente, nas catracas.
Apesar disso, a fila anda relativamente rápido: em cerca de três
minutos, foi superada.
"Com a multidão que passa por
aqui, até que não é muito tempo",
disse o segurança Nilson Santana,
48, enquanto caminhava pela fila.
Segundo Grava, a grande concentração de usuários na estação
se deve às características sociais
da zona leste, que oferece poucas
oportunidades de emprego. "Os
bairros da região se tornam cidades-dormitório, e todos os moradores saem diariamente, no mesmo horário, para trabalhar em
outras partes da cidade."
Para atender à demanda, a linha
3 trabalha, nos horários de pico,
com um intervalo entre trens de
um minuto e 41 segundos -um
dos menores do mundo.
O Metrô enfrentou uma crise
em março do ano passado, quando a empresa retirou, após quatro
anos de falhas técnicas e reclamações constantes dos passageiros,
as 258 máquinas que faziam a
venda automática de bilhetes.
Na ocasião, para evitar uma explosão das filas, o Metrô ampliou
o número de guichês nas estações
e introduziu novidades: a fila única para vários guichês e o monitor
eletrônico, que informa o número
do guichê livre, como o de agências bancárias -atualmente, o
sistema funciona na Sé e na Barra
Funda. Um ano depois, a situação
é considerada estabilizada.
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