São Paulo, segunda-feira, 18 de setembro de 2006

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RIO DE JANEIRO

Família diz que polícia atirou a esmo no morro do Borel

JOÃO PEQUENO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO

A família do menino Lorran Soares dos Santos, 9, morto no sábado em tiroteio entre PMs e traficantes no morro do Borel (zona norte do Rio), acusou novamente a PM de ter entrado à paisana e atirando a esmo na favela.
Além de Lorran, morreu também o cabo Eraldo Ferreira de Andrade, 33.
Ontem, cerca de 200 moradores foram ao enterro do garoto, no cemitério do Catumbi (região central), e fizeram um protesto silencioso.
A Polícia Militar negou que os policiais tivessem entrado no morro à paisana e afirmou que a operação foi realizada de maneira regular. Creuza dos Santos, 37, tia de Lorran, afirma que o cabo Eraldo vestia bermuda e outros PMs colocaram sua farda, dentro do camburão, após ele ser baleado para simular uma operação oficial.
Na delegacia, todos os PMs estavam fardados e confirmavam a versão da nota oficial da corporação, negando ter entrado à paisana no morro Borel.


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