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Peso estatal cresce na renda dos mais pobres
Aumento está ligado a programa do governo
DO RIO
No ano passado, cresceu o
peso do Estado na renda dos
brasileiros mais pobres.
Do total recebido pelas famílias com renda per capita
de até R$ 116, 66,2% tiveram
origem no trabalho, 5,8% em
aposentadorias e pensões e
28% vieram de outras fontes,
principalmente de programas de transferência de renda, segundo dados do IBGE.
Há dez anos, 81,4% da renda dessas famílias provinham do trabalho, 14,2% tinham origem nas aposentadorias e pensões e 4,4% era
fruto de outras fontes.
O economista Marcelo Neri, da FGV, diz que o aumento
do está ligado à ampliação
do programa Bolsa Família e
à reação do governo à crise
econômica de 2009.
"Foi parte da estratégia
durante a crise, tanto que a
pobreza caiu no período."
Segundo Neri, de 2003 a
2009, considerando a média
para todos os estratos econômicos, a renda vinda do trabalho expandiu 4,61% por
ano. A proveniente dos programas de transferência de
renda cresceu 12,93% ao ano.
Ele destaca que, apesar
disso, é o rendimento vindo
do trabalho o principal responsável pela queda da desigualdade no país .
"A renda do trabalho corresponde a 76% da renda média percebida pelo brasileiro
e de lá saiu 75,3% do ganho
de renda observado entre
2003 e 2009."
Segundo o especialista, o
fator determinante para que
o aumento ocorra é a renda
vinda do trabalho, que dá
sustentabilidade ao processo
de melhora nos ganhos.
(VF)
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