São Paulo, sábado, 18 de setembro de 2010

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Peso estatal cresce na renda dos mais pobres

Aumento está ligado a programa do governo

DO RIO

No ano passado, cresceu o peso do Estado na renda dos brasileiros mais pobres.
Do total recebido pelas famílias com renda per capita de até R$ 116, 66,2% tiveram origem no trabalho, 5,8% em aposentadorias e pensões e 28% vieram de outras fontes, principalmente de programas de transferência de renda, segundo dados do IBGE.
Há dez anos, 81,4% da renda dessas famílias provinham do trabalho, 14,2% tinham origem nas aposentadorias e pensões e 4,4% era fruto de outras fontes.
O economista Marcelo Neri, da FGV, diz que o aumento do está ligado à ampliação do programa Bolsa Família e à reação do governo à crise econômica de 2009.
"Foi parte da estratégia durante a crise, tanto que a pobreza caiu no período."
Segundo Neri, de 2003 a 2009, considerando a média para todos os estratos econômicos, a renda vinda do trabalho expandiu 4,61% por ano. A proveniente dos programas de transferência de renda cresceu 12,93% ao ano.
Ele destaca que, apesar disso, é o rendimento vindo do trabalho o principal responsável pela queda da desigualdade no país .
"A renda do trabalho corresponde a 76% da renda média percebida pelo brasileiro e de lá saiu 75,3% do ganho de renda observado entre 2003 e 2009."
Segundo o especialista, o fator determinante para que o aumento ocorra é a renda vinda do trabalho, que dá sustentabilidade ao processo de melhora nos ganhos. (VF)


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