São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 2000

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Morte de chefe de quadrilha causa tiroteio

DA REPORTAGEM LOCAL

O assassinato de um suposto líder de quadrilha na zona sul de São Paulo foi o estopim para o confronto entre grupos de assaltantes rivais. Duas pessoas ficaram feridas na troca de tiros.
O tiroteio aconteceu anteontem no Capão Redondo (zona sul da capital), após a morte de Rogério Alves de Barros, 24, apontado pela polícia como um dos líderes de uma gangue de assaltantes do Jardim das Rosas.
O corpo de Barros, conhecido como Rogerinho, foi encontrado caído na rua dos Cataventos, no bairro onde ele mora, por volta das 13h, com diversos tiros de pistola, principalmente na cabeça.
A polícia diz que não há testemunhas do assassinato do suposto líder.

Medo
Horas depois do homicídio, membros da quadrilha adversária teriam comemorado a morte de Rogerinho soltando rojões no Jardim Macedônia, segundo o delegado Wendel Luiz Pinto, do 47º DP (Capão Redondo).
O confronto entre os dois grupos aconteceu à noite, depois das 21h. ""Pessoas do Jardim das Rosas desceram atirando contra moradores do Jardim Macedônia", afirmou o delegado.
A polícia ainda não sabe quem matou Rogerinho, mas é provável que o assassino faça parte de uma gangue rival no bairro vizinho, o Jardim Macedônia.
Segundo o 47º DP, Rogerinho tinha passagem por assalto e porte de armas.
A polícia nega que o confronto tenha causado toque de recolher no bairro. Mas moradores confirmaram terem fechado as portas de seus estabelecimentos comerciais mais cedo com medo da luta entre quadrilhas.
"A polícia não irá permitir esse tipo de conduta", disse o delegado.
Três adolescentes foram presos pela polícia com revólveres calibre 38 após o tiroteio de anteontem no Jardim Macedônia. Não está provado ainda se eles participaram do confronto.
Ontem, os policiais tentavam descobrir se as duas pessoas feridas haviam participado do tiroteio ou se elas foram atingidas por balas perdidas. As vítimas foram socorridas e levadas para o pronto-socorro do Campo Limpo.
A briga entre os dois bairros vizinhos é antiga e ninguém lembra ao certo como ela começou, segundo informou a polícia.
O caso será investigado agora por policiais do 47º DP e do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).


Colaborou o "Agora São Paulo"

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