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Outro lado
Governo não se pronuncia sobre o assunto
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palácio do Planalto e os
ministérios da Fazenda e do
Planejamento foram contatados ontem pela Folha, mas
não se manifestaram sobre a
resolução do Conselho das
Cidades, avalizada pelo ministro Márcio Fortes.
A assessoria de imprensa
da Fazenda informou que
não havia interesse em falar.
A do Palácio do Planalto indicou a Casa Civil para comentar esse tema, mas, até a
conclusão desta edição, não
havia respostas dela nem do
Ministério do Planejamento.
Fortes afirmou que assinou a resolução como presidente do conselho, e não como ministro. Ele disse que
viu nela uma "recomendação", e não uma "crítica".
O ministro disse em entrevista anteontem que avalizava a reivindicação. "Não só
concordo como estou praticando", afirmou. Ele exaltou
as "conversas" que teve com
a pasta do Planejamento sobre "a importância de liberar
algum descontingenciamento" -antes mesmo da publicação, que ocorreu na semana passada, mas foi preparada no dia 30 de agosto.
Ontem, no final da tarde,
Fortes disse à reportagem
que fazia ressalvas a uma
parte "da redação" que pode
"induzir ao erro" de que a
reivindicação é pela liberação imediata de R$ 800 milhões -quantia que ele diz
não ser possível, até pela ausência orçamentária.
O ministro afirmou que já
houve respostas ao pedido e
que, além dos R$ 67 milhões
para a utilização da verba do
Funset e do DPVAT previstos no Orçamento, haverá
um adicional de R$ 13 milhões em investimentos, já
avalizado pelo governo Lula.
Na entrevista, Fortes evitou críticas à gestão petista e
fez questão de ressaltar a
responsabilidade do Congresso Nacional, responsável
por aprovar a proposta anual
orçamentária do Executivo,
contemplando a previsão de
investimentos da verba do
DPVAT e do Funset.
"Falta uma conscientização geral", disse ele, que assumiu a pasta por indicação
do deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), que não foi
reeleito para ficar no cargo
no próximo mandato.
Márcio Fortes teve um filho morto num acidente de
trânsito em 2004 e cita esse
fato como um dos motivos
que sensibilizam sua atenção para esse tema.
O ministro afirmou que a
gestão petista deve encaminhar um projeto ao Congresso neste ano para que os recursos do seguro obrigatório
e das multas de trânsito possam ser usados inclusive em
sinalização, algo que, para
ele, ajudará na prevenção de
acidentes.
(AI)
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