São Paulo, quinta-feira, 18 de outubro de 2007

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Seguranças são acusados de matar rapaz no PR

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Três seguranças particulares foram presos ontem pela Polícia Civil do Paraná sob suspeita de torturar e matar com dois tiros um rapaz de 19 anos que pichara o muro de uma clínica médica de Curitiba para a qual fazem trabalhos de vigilância.
O crime foi na noite de 2 de outubro. O corpo de Bruno Strobel Coelho dos Santos só foi encontrado no dia 8.
Outros três vigilantes da Centronic, que presta serviços à clínica Clinicor, têm pedido de prisão contra eles.
Na noite do crime, o estudante voltava sozinho e a pé para casa após sair de um bar. Ele parou no caminho para pichar o muro da clínica e o alarme disparou. Apanhado por vigilantes, foi levado até a sede da Centronic. "Ali ele foi amordaçado, apanhou e teve tinta espirrada no rosto", disse o delegado Jairo Estorílio.
O suspeito de atirar em Santos é o vigilante Marlon Balem Janke. Os outros presos são Douglas Sampaio Rodrigues e Elisandro Luiz Marconcini.
"Meu filho estava em uma fase boa, forte, bonito e se preparava para fazer vestibular para design", disse o pai de Santos, o jornalista Vinicius Coelho.
O sindicato dos vigilantes de Curitiba repudiou o crime e apontou negligência da Centronic. Em nota, a Centronic afirmou que está colaborando com a polícia e que repudia o ocorrido. Disse ter "elevado número de clientes" e possuir 600 funcionários que "recebem treinamento adequado para o exercício da profissão de vigilante e são submetidos anualmente a exame psicotécnico".
A Folha entrou em contato com a Clinicor às 19h45 de ontem, mas ninguém atendeu.
O advogado de Janke, Antônio Neivo de Macedo Filho, disse que havia falado rapidamente com o cliente, mas que ele deu a entender que não matara Santos. Os outros dois vigilantes não falaram com a imprensa e não tinham advogado.


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