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Seguranças são acusados de matar rapaz no PR
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Três seguranças particulares
foram presos ontem pela Polícia Civil do Paraná sob suspeita
de torturar e matar com dois tiros um rapaz de 19 anos que pichara o muro de uma clínica
médica de Curitiba para a qual
fazem trabalhos de vigilância.
O crime foi na noite de 2 de
outubro. O corpo de Bruno
Strobel Coelho dos Santos só
foi encontrado no dia 8.
Outros três vigilantes da
Centronic, que presta serviços
à clínica Clinicor, têm pedido
de prisão contra eles.
Na noite do crime, o estudante voltava sozinho e a pé para
casa após sair de um bar. Ele
parou no caminho para pichar
o muro da clínica e o alarme
disparou. Apanhado por vigilantes, foi levado até a sede da
Centronic. "Ali ele foi amordaçado, apanhou e teve tinta espirrada no rosto", disse o delegado Jairo Estorílio.
O suspeito de atirar em Santos é o vigilante Marlon Balem
Janke. Os outros presos são
Douglas Sampaio Rodrigues e
Elisandro Luiz Marconcini.
"Meu filho estava em uma fase boa, forte, bonito e se preparava para fazer vestibular para
design", disse o pai de Santos, o
jornalista Vinicius Coelho.
O sindicato dos vigilantes de
Curitiba repudiou o crime e
apontou negligência da Centronic. Em nota, a Centronic
afirmou que está colaborando
com a polícia e que repudia o
ocorrido. Disse ter "elevado número de clientes" e possuir 600
funcionários que "recebem
treinamento adequado para o
exercício da profissão de vigilante e são submetidos anualmente a exame psicotécnico".
A Folha entrou em contato
com a Clinicor às 19h45 de ontem, mas ninguém atendeu.
O advogado de Janke, Antônio Neivo de Macedo Filho,
disse que havia falado rapidamente com o cliente, mas que
ele deu a entender que não matara Santos. Os outros dois vigilantes não falaram com a imprensa e não tinham advogado.
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