São Paulo, quinta-feira, 18 de outubro de 2007

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Descobertas arqueológicas na antiga Sé podem ser anteriores à fundação do Rio

DA SUCURSAL DO RIO

As escavações para a reforma da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, no centro do Rio, levaram à descoberta de uma estrutura que os arqueólogos acreditam ser uma paliçada (obstáculo para defesa militar) do século 16 -anterior à fundação da cidade, em 1565-, de um machado indígena e de restos de uma fogueira.
"Uma pesquisa feita pelo Instituto de Arqueologia Brasileira vai confirmar a época dessa estrutura e sua origem, mas pode ser parte de uma das primeiras fortificações portuguesas no Rio, nos primeiros anos do século 16", diz André Zambelli, secretário municipal de Patrimônio Histórico-Cultural.
A antiga Sé fica na praça Quinze, diante da baía de Guanabara. Começou a ser reformada no ano passado e será reinaugurada em 8 de março, dia em que, em 1808, a família real portuguesa aportou no Brasil. A reforma é um dos pontos principais na comemoração dos 200 anos da chegada de d. João 6º e sua corte.
As obras já permitiram outras descobertas arqueológicas, como vestígios da ermida (capela) que antecedeu à igreja, um ossário, uma moeda de ouro portuguesa, louças e uma garrafa.
A igreja em estilo rococó começou a ser construída em 1761. Foi transformada em Capela Real com a chegada de d. João. Dez anos depois, ele foi coroado rei de Portugal na igreja. Seu filho d. Pedro 1º e seu neto D. Pedro 2º foram consagrados imperadores no mesmo lugar, onde também estão parte dos restos mortais de Pedro Álvares Cabral.
Até 1976, a igreja se manteve como Sé do Rio de Janeiro.


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