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Escriturária tinha segurado carro
ALENCAR IZIDORO
da Reportagem Local
A escriturária Cláudia Aparecida Alves de Souza, 28, tinha acabado de fazer a vistoria do seguro
de seu carro, comprado na semana passada, quando foi abordada
e morta pelos assaltantes.
Era a primeira vez que ela saía
com seu Ford Ka 97. No início da
noite, tinha ido buscar sua irmã
no trabalho.
Por volta das 21h, quando estava parada com o carro em um semáforo da avenida Adélia Chohfi,
os ladrões anunciaram o assalto.
A polícia acredita que Cláudia
estava parada com o veículo no sinal vermelho e, ao ser abordada
por dois assaltantes, tenha acelerado o carro na tentativa de fugir.
Ela levou um tiro no lado esquerdo da cabeça.
O veículo ficou desgovernado,
bateu em um muro e parou na
beira de um córrego. Os assaltantes fugiram sem levar nada.
Cláudia chegou a ser socorrida,
mas morreu durante a madrugada no Hospital Santa Marcelina.
Até o início da noite de ontem,
os policiais do 55º DP, onde o caso
foi registrado, não tinham pistas
dos assaltantes.
Família
Cláudia trabalhava no setor administrativo da Micro Lins Informática, em São Mateus, também
na zona leste paulistana.
Era solteira e, segundo vizinhos
e parentes, não tinha namorado.
Morava com a família (pai, mãe,
irmão de 14 anos e irmã de 19
anos) no conjunto habitacional
Promorar, no Parque São Rafael
(zona leste).
Anteontem foi o primeiro dia
que ela usou o Ford Ka, embora o
carro estivesse em sua casa desde
o último sábado. Por não ter feito
o seguro, ela não saiu de casa com
o veículo no fim-de-semana.
Seu irmão, Claudionor Alves de
Souza, disse não acreditar que
Cláudia tenha tentado fugir ao ser
abordada pelos assaltantes.
Segundo ele, ela deve ter deixado o veículo engatado e se assustado com a presença dos dois homens.
"Acho que ela se apavorou
quando foi rendida pelos assaltantes. Ela era muito sossegada e
entregaria o veículo. Até mesmo
porque tinha acabado de fazer o
seguro", disse Claudionor.
Antes de comprar o Ford Ka,
Cláudia teve outros carros- o último foi um Uno 91.
Anteontem foi a primeira vez
que ela fez o seguro de um veículo. De acordo com seu irmão, ela
estava preocupada em ser assaltada porque se tratava de um carro
mais novo, de maior valor.
Ontem à tarde, durante o velório, os familiares de Cláudia não
quiseram dizer nada, por estarem
abalados com o crime.
Seu enterro está previsto para a
manhã de hoje, em Santo André
(Grande São Paulo).
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