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RORAIMA
Equipes do Ibama já haviam sido alertadas sobre ameaças
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BOA VISTA
(RR)
Chefes do Ibama em Roraima afirmaram ontem que
equipes de proteção ambiental do órgão no Estado -como a que foi atacada terça-
sabiam desde setembro de
ameaças feitas por caçadores
ilegais de quelônios (tartarugas, cágados e jabutis).
Segundo os chefes, além de
ameaças, fiscais e integrantes do projeto Quelônios da
Amazônia, coordenado pelo
RAN (Centro de Conservação e Manejo de Répteis e
Anfíbios), enfrentam problemas de segurança e de falta
de equipamentos por conta
de um corte de 25% nas verbas, feito no dia 7.
Na terça-feira, cinco integrantes de uma equipe do
Quelônios da Amazônia foram atacados a tiros por caçadores ilegais de tartarugas,
quando navegavam por um
afluente do rio Branco, em
Caracaraí (172 km de Boa
Vista). No ataque, morreu o
colaborador do Ibama José
Santos Cruz, 44. Três pessoas ficaram feridas. A Polícia Federal investiga o caso.
Segundo o chefe de Fiscalização do Ibama em Roraima,
Moisés Rodrigues, 51, a equipe atacada foi avisada das
ameaças antes de partir para
a região, no dia 6. "Eles sabiam das ameaças e do perigo. Achavam que não teriam
problemas por serem do manejo [projeto Quelônios] e
não da fiscalização."
"Fizemos relatórios sobre
as ameaças e apresentamos
ao Ministério do Meio Ambiente. Há necessidade da
criação de um posto flutuante envolvendo Receita Federal, Polícia Federal, Ibama e
órgãos de controle", disse o
chefe do RAN, Antônio Pacaya, 53. Segundo ele, a equipe
atacada não foi com segurança para a região por falta de
verbas. Antes do corte, o orçamento do projeto era de
R$ 15 mil. "Houve determinação da presidência [do
Ibama] no dia 7 de novembro
cortando 25% nas despesas.
Isso demostra que os dirigentes não entendem a realidade da Amazônia", afirmou
o chefe do RAN.
O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, em Brasília, Flávio Montiel, destacado para falar sobre o caso,
não foi localizado até o fechamento desta edição.
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