São Paulo, sábado, 18 de novembro de 2006

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Índices subiram 8,5%, mas Prefeitura fixou reajuste de 15%

DA REPORTAGEM LOCAL

Os índices considerados pela Prefeitura de São Paulo para o cálculo da tarifa de ônibus subiram 8,5% desde março de 2005, quando foi concedido o último reajuste, até agora.
Isso significa que a passagem de ônibus poderia subir dos atuais R$ 2 para, no máximo, R$ 2,17. O prefeito Gilberto Kassab (PFL) autorizou um aumento para R$ 2,30 a partir do dia 25. O índice de 8,5% consta da exposição de motivos enviada pelo prefeito à Câmara.
Para justificar o aumento de 15%, acima inclusive da inflação do período, de 6,9% de acordo com o IPCA, o prefeito inclui nos custos a renovação da frota de ônibus, o "rombo" causado pela integração tarifária com o metrô e o crescimento das gratuidades no sistema.
Os vereadores Antônio Donato (PT) e Adilson Amadeu (PTB) disseram ontem que podem ir à Justiça para barrar o aumento da tarifa de ônibus. Eles argumentam que o prefeito não cumpriu a Lei Orgânica, pois teria deixado de enviar a planilha de custos completa para análise dos vereadores.
O documento não justifica, por exemplo, o aumento de 146% nos custos com o gerenciamento do transporte, conforme cálculos do gabinete do vereador Donato.

Empresas
Os empresários de ônibus de São Paulo ficaram insatisfeitos com a falta de reajuste da rede sobre trilhos. Eles temem a fuga de passageiros, ainda que temporária, ao metrô e trens e alegam que a integração do bilhete único vai sobrecarregar as contas do município.
O reajuste da remuneração das viações está previsto somente para março de 2007, mas eles dizem temer que esse tipo de desequilíbrio afete as negociações futuras.
Na esteira do reajuste da tarifa, os empresários já pediram também um adiantamento da prefeitura para pagamento da parcela do 13º no final deste mês, além de uma antecipação do aumento contratual para janeiro que vem.
Os empresários cobram a gestão Kassab para que faça a revisão e a redistribuição de linhas do transporte. Eles dizem que os perueiros tiveram crescimento de 12% na quantidade de passageiros no intervalo de um ano e meio, enquanto as viações ficaram estabilizadas.


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