|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Unicamp abre hoje vestibulares de São Paulo
Mais de 49 mil inscritos disputarão 2.954 vagas; prova será mais enxuta neste ano
Estudante terá mais
tempo para resolver as
12 questões dissertativas e
a redação; cada parte do exame vale 48 pontos
INGRID TAVARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com um caderno de questões na mão e muitas fórmulas
na cabeça. É deste jeito que
pouco mais de 49 mil jovens
vão "aproveitar" a tarde deste
domingo, em pleno feriado
prolongado. A primeira fase da
Unicamp inaugura hoje o ciclo
dos vestibulares paulistas em
25 cidades do país.
Neste ano, com alteração no
formato do exame, o aluno terá
mais tempo para as 12 questões
dissertativas. A Comvest (comissão que organiza o vestibular) estipulou que os itens nas
perguntas, antes variáveis, serão fixos, com apenas dois.
Se, de um lado, o aluno ganha
tempo, de outro, tem um processo mais concorrido. Agora,
cada item vale dois pontos, totalizando quatro por questão.
Somadas, valem 48 pontos, ou a
metade da prova.
O restante é composto apenas pela redação. Portanto,
professores alertam aos vestibulandos que o ideal é começar
redigindo o texto, fazer as questões e, na última hora, voltar
para a redação.
Concurso
As mudanças são, segundo a
comissão, para que sejam mais
bem selecionados os aprovados
para a segunda fase -que vai de
13 a 16 de janeiro.
"Vestibular não é prova, é
concurso. Foi feito para não ser
resolvido integralmente, pois
precisa diferenciar os alunos,
no caso, por eliminação", lembra Pierluigi Piazzi, professor
de física do Anglo Vestibulares.
E não é por menos: 2.954 vagas de 60 cursos -58 da Unicamp e dois da Faculdade de
Medicina de São José do Rio
Preto- serão disputadas ponto
a ponto por 49.461 candidatos.
Desses, 17% almejam uma das
110 vagas de medicina da Unicamp, competição acirrada,
com 79,5 candidatos por vaga.
As outras carreiras mais disputadas são arquitetura e urbanismo (45,5), ciências biológicas (42), comunicação social
(39,1) e farmácia (33,9).
Rede pública
Do montante inscrito, 30%
vieram de escolas públicas
-14.703. O Programa de Ação
Afirmativa e Inclusão Social
oferece mais 30 pontos aos
candidatos que estudaram todo
o ensino médio na rede pública
-e outros dez aos que se declararam negros, pardos ou de origem indígena.
O aluno pode usar também a
nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que vale
20% da nota da primeira fase. O
único porém é que, a partir deste ano, apenas será considerado
o resultado daqueles que não
zeraram na redação do exame
deste ano -o do ano passado,
independentemente de o aluno
ter zerado a redação, será levado em conta pela Unicamp.
Com tanta disputa, o ideal é
que o vestibulando respire fundo antes de lembrar as estatísticas que cercam o curso pretendido na hora da prova. "O problema é a estrutura psicológica de o vestibulando manter-se calmo durante a prova, não a
pressão dos números", afirma
Alberto Francisco de Nascimento, coordenador de vestibulares do Anglo.
Texto Anterior: Computador ajudará a soltar presos por pequenos crimes Próximo Texto: Aluno terá de indenizar professor por invasão Índice
|