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AYRTON ADELINO TEIXEIRA PINTO
(1933-2009)
O violinista tratava os alunos como filhos
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Em relação a seus alunos, o
violinista Ayrton Pinto era
quase um pai. Na época em
que seu pupilo Rommel Fernandes, 33, hoje músico da
Filarmônica de MG, foi fazer
mestrado e doutorado em
Chicago, nos EUA, Ayrton ia
frequentemente visitá-lo.
E em casa, mesmo após a
aposentadoria, era sempre
procurado por alunos que
queriam se aperfeiçoar.
Ele, cansado do meio musical, não mais tocava. Há
tempos, vendera o violino
Guarnieri, antiquíssimo, a
um músico que vive e toca na
Europa. O último concerto:
Porto Alegre, 2003, quando
tocou com o aluno Rommel.
Naquele mesmo ano, veio
a aposentadoria, como professor livre-docente -desde
1978, dava aulas no Instituto
de Artes da Unesp, em SP.
Aprendeu violino e piano
no Rio, onde nasceu, e em
1952 foi a Boston estudar.
Em 1959, tornou-se o primeiro brasileiro a integrar
uma orquestra nos EUA, ao
entrar para a Sinfônica de
Boston, onde tocou até 1976.
Então, voltou ao Brasil a
convite do maestro Eleazar
de Carvalho, para ser spalla
(primeiro violino) da Osesp.
Na mesma época, coordenou
o Festival de Inverno de
Campos do Jordão (SP).
Viúvo desde 1999, morreu
ontem, aos 75, de um aneurisma, deixando três filhos,
quatro netos e fitas e mais fitas com gravações dos concertos dos quais participou
-ele as estava digitalizando.
O enterro será hoje, às
10h30, no cemitério de Congonhas, na Grande SP.
coluna.obituario@uol.com.br
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