São Paulo, quarta-feira, 18 de novembro de 2009

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AYRTON ADELINO TEIXEIRA PINTO
(1933-2009)


O violinista tratava os alunos como filhos

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Em relação a seus alunos, o violinista Ayrton Pinto era quase um pai. Na época em que seu pupilo Rommel Fernandes, 33, hoje músico da Filarmônica de MG, foi fazer mestrado e doutorado em Chicago, nos EUA, Ayrton ia frequentemente visitá-lo.
E em casa, mesmo após a aposentadoria, era sempre procurado por alunos que queriam se aperfeiçoar.
Ele, cansado do meio musical, não mais tocava. Há tempos, vendera o violino Guarnieri, antiquíssimo, a um músico que vive e toca na Europa. O último concerto: Porto Alegre, 2003, quando tocou com o aluno Rommel.
Naquele mesmo ano, veio a aposentadoria, como professor livre-docente -desde 1978, dava aulas no Instituto de Artes da Unesp, em SP.
Aprendeu violino e piano no Rio, onde nasceu, e em 1952 foi a Boston estudar.
Em 1959, tornou-se o primeiro brasileiro a integrar uma orquestra nos EUA, ao entrar para a Sinfônica de Boston, onde tocou até 1976.
Então, voltou ao Brasil a convite do maestro Eleazar de Carvalho, para ser spalla (primeiro violino) da Osesp.
Na mesma época, coordenou o Festival de Inverno de Campos do Jordão (SP).
Viúvo desde 1999, morreu ontem, aos 75, de um aneurisma, deixando três filhos, quatro netos e fitas e mais fitas com gravações dos concertos dos quais participou -ele as estava digitalizando.
O enterro será hoje, às 10h30, no cemitério de Congonhas, na Grande SP.

coluna.obituario@uol.com.br


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