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LEGISLATIVO
Sessão foi a primeira após vitória de Arselino Tatto
Votações favorecem PT e mostram reagrupamento de base aliada
JOÃO CARLOS SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
Reagrupada após a disputa pela
presidência da Câmara, a base governista ajudou ontem o PT a
aprovar com folga o início da tramitação de projetos de interesse
de governo, como os do IPTU, ISS
e taxa de lixo, e até apoiou a aprovação de uma CPI proposta por
um vereador petista.
A sessão de ontem foi a primeira após o vereador Arselino Tatto
(PT) impor, no domingo, derrota
a um grupo de 25 vereadores que
apostaram na candidatura de Antônio Carlos Rodrigues (PL) para
a presidência do Legislativo.
Parte do grupo, porém, voltou a
integrar a base governista ontem.
No caso da Comissão Parlamentar de Inquérito, eles apoiaram a
apuração de supostas irregularidades na construção das chamadas "escolas de latinha" -unidades provisórias de aço construídas nos governos Paulo Maluf
(93-96) e Celso Pitta (97-00).
A apuração, que deverá ser iniciada somente no ano que vem,
será presidida pelo vereador Beto
Custódio (PT). Segundo vereadores da oposição, o assunto já foi
investigado em outra comissão,
no ano passado.
Além do pedido de Custódio,
havia cerca de 45 pedidos de CPI
protocolados na Câmara. A oposição defendia a aprovação de comissão para investigar supostas
irregularidades na área de transporte. A CPI foi proposta pelo vereador Gilberto Natalini (PSDB),
que faz oposição ao governo.
"Quem quiser investigar corrupção, vota não. Quem quiser
"pizza de latinha", vota sim", gritava ontem o vereador Gilberto Natalini (PSDB) durante a votação
da CPI de Custódio ontem.
Sem maioria, a oposição teve
que assistir a vitória do governo.
Eram precisos apenas 28 votos favoráveis entre os 55 vereadores,
mas o placar foi de 31 contra 12.
O governo também conseguiu
maioria para aprovar ontem o relatório do Orçamento de 2003 na
Comissão de Finanças, integrada
por nove vereadores. O documento aprovado foi apresentado
pelo vereador José Viviani Ferraz
(PMDB) e dá 10% de taxa de remanejamento à administração.
A margem, pedida pelo governo, trata da porcentagem do Orçamento de 2003 que poderá ser
realocada livremente.
O relatório oficial, de Eliseu Gabriel (PDT), nem sequer foi votado por vingança de governistas
derrotados no domingo -o pedetista deixou na última hora de
integrar grupo de Rodrigues.
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