THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) está investigando a Wilther Turismo, proprietária do ônibus que, anteontem, caiu em uma ribanceira, entre as cidades de Diamantina e Couto de Magalhães (MG) -causando a morte de 21 pessoas.
A associação informou que enviou fiscais a Pirassununga, sede da empresa, que pode estar operando de forma irregular.
Embora a Wilther esteja habilitada na ANTT para oferecer o serviço de fretamento interestadual, há relatos de pessoas que afirmaram ter comprado passagens -o que é proibido para empresas não-permissionárias- e divergências entre o número de passageiros do ônibus e o relatado na autorização expedida pela ANTT.
Segundo o superintendente de serviços de transporte de passageiros da ANTT, José Antônio Schmitt, a empresa informou que o ônibus levaria 59 passageiros. De acordo com a PM, o veículo transportava 63 pessoas.
O motorista do ônibus, Francisco Fabiano dos Santos, disse à PM que a passagem custava R$ 150.
Até o fim da tarde de ontem, 36 feridos ainda estavam internados no hospital Nossa Senhora da Saúde, em Diamantina. Outros quatro em estado mais grave foram transferidos para Belo Horizonte. Entre eles, Evileuza de Souza, 35, que teve a perna esquerda amputada.

Outro lado
O advogado da Wilther Turismo, Leonardo Sá, negou a venda de passagens e disse que a divergência no número de passageiros será apurada pela empresa.


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