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Seis dias depois do desabamento, Alckmin ainda não comenta caso
DA REPORTAGEM LOCAL
Seis dias depois do pior acidente na história do metrô de
São Paulo, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) ainda
não se manifestou sobre as vítimas nem sobre a contratação
pelo tipo "turn key" (chave na
mão, em tradução livre).
Contra o tucano pesa a crítica de ter feito uma contratação
que deu autonomia ao Consórcio Via Amarela de se auto-fiscalizar na execução da obra.
Para o vice-presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Metrô de São Paulo,
Emiliano Stanislau Affonso, 53,
essa falta de fiscalização pode
ser uma das "causas" do acidente, já que os engenheiros da
estatal apenas atestam a entrega de um trecho, mas não a qualidade do serviço prestado.
Se o concreto usado for metade do que previa o projeto
original, não há como o Metrô
saber, diz Stanislau Affonso.
Alckmin vem sendo procurado pela Folha desde segunda.
Extra-oficialmente, seus assessores afirmam que ele não quer
politizar um problema técnico.
Sua assessoria chegou a dizer
que seriam o ex-secretário Jurandir Fernandes (Transportes
Metropolitanos) e o presidente
do Metrô, Luiz Carlos David,
que atuou na gestão do ex-governador, que deveriam falar.
Fernandes também não é localizado. Segundo parentes, ele
está na Bélgica e não poderia
ser contatado por telefone. A
opção dada foi um e-mail, que
não havia sido respondido até o
fechamento desta edição.
O também ex-governador
Cláudio Lembo (PFL) não quis
comentar o assunto. Segundo
sua assessoria, o pefelista está
evitando falar do acidente, mas
não explicou os motivos.
O governador José Serra, durante a semana, disse que a forma de contrato não tem relação direta com o acidente.
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