São Paulo, sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

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Seis dias depois do desabamento, Alckmin ainda não comenta caso

DA REPORTAGEM LOCAL

Seis dias depois do pior acidente na história do metrô de São Paulo, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) ainda não se manifestou sobre as vítimas nem sobre a contratação pelo tipo "turn key" (chave na mão, em tradução livre).
Contra o tucano pesa a crítica de ter feito uma contratação que deu autonomia ao Consórcio Via Amarela de se auto-fiscalizar na execução da obra.
Para o vice-presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Metrô de São Paulo, Emiliano Stanislau Affonso, 53, essa falta de fiscalização pode ser uma das "causas" do acidente, já que os engenheiros da estatal apenas atestam a entrega de um trecho, mas não a qualidade do serviço prestado.
Se o concreto usado for metade do que previa o projeto original, não há como o Metrô saber, diz Stanislau Affonso.
Alckmin vem sendo procurado pela Folha desde segunda. Extra-oficialmente, seus assessores afirmam que ele não quer politizar um problema técnico.
Sua assessoria chegou a dizer que seriam o ex-secretário Jurandir Fernandes (Transportes Metropolitanos) e o presidente do Metrô, Luiz Carlos David, que atuou na gestão do ex-governador, que deveriam falar.
Fernandes também não é localizado. Segundo parentes, ele está na Bélgica e não poderia ser contatado por telefone. A opção dada foi um e-mail, que não havia sido respondido até o fechamento desta edição.
O também ex-governador Cláudio Lembo (PFL) não quis comentar o assunto. Segundo sua assessoria, o pefelista está evitando falar do acidente, mas não explicou os motivos.
O governador José Serra, durante a semana, disse que a forma de contrato não tem relação direta com o acidente.


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