São Paulo, quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004

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AMBIENTE

Petrobras não informou quantidade do produto que vazou

Novo vazamento de óleo atinge litoral de SP em menos de 5 dias

Reginaldo Pupo/Folha Imagem
Técnicos da Petrobras colocam bóias para tentar conter o avanço da mancha de óleo em Guaecá


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O rompimento de um oleoduto da Petrobras causou vazamento de petróleo ontem de manhã no Parque Estadual da Serra do Mar, no bairro do Guaecá, centro de São Sebastião, no litoral norte paulista. O vazamento durou, pelo menos, das 7h às 13h.
Trata-se do segundo caso de vazamento em menos de cinco dias. Na última sexta, vazou óleo do petroleiro Muriaé no canal de São Sebastião -segundo a estatal, foram apenas 40 litros.
O óleo vazado ontem do oleoduto, que atende à refinaria de Cubatão (SP), percorreu 4,2 km por um dos três rios da área -o Grande. Todos deságuam no mar. A empresa declarou que o produto não chegou a atingir o mar, mas embarcações ficaram posicionadas para conter o óleo.
Segundo João Carlos Leite, gerente do Tebar (Terminal Marítimo Almirante Barroso), a Petrobras não sabia informar ontem a quantidade nem o local exato do vazamento, que foi subterrâneo.
Nilson Vieira, coordenador de manutenção da Petrobras em São Sebastião, disse que "só saberemos a quantidade de óleo que vazou após recolhermos todo o material para ser pesado". A gerência do terminal informou que o trabalho de remoção do produto deve durar até amanhã de manhã.
Ao menos 250 pessoas (da Petrobras e de empresas terceirizadas) trabalharam durante todo o dia para limpar a área, com apoio da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. Agentes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente foram ao local para avaliar os danos.
O vazamento foi detectado após uma moradora ter acionado a Defesa Civil, às 8h57. Técnicos da Petrobras implantaram bóias de contenção para impedir o avanço do óleo para o mar, distante menos de cem metros.
Uma das medidas tomadas foi a construção de um dique provisório de areia para represar o produto, que foi retirado com o auxílio de caminhões de sucção.
O chefe do escritório de Caraguatatuba do Ibama, Markus Otto Zerza, disse que será feito um relatório sobre o acidente.


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