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Tempestade em SP interdita Congonhas
Houve 18 pontos de alagamento; previsão é de pancadas de chuva durante a tarde e a noite de amanhã
ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL
As fortes chuvas que atingiram São Paulo na tarde de ontem -provocando inundações,
interdição de vias e o fechamento do aeroporto de Congonhas- podem voltar a ocorrer
amanhã e dificultar o início da
volta para casa do paulistano.
A previsão do CGE (Centro
de Gerenciamento de Emergências) é que ocorram pancadas de chuva durante a tarde e a
noite de amanhã -a CET
(Companhia de Engenharia de
Tráfego) espera para as 14h o
início do retorno do 1,7 milhão
de veículos que deixaram a capital paulista.
O temporal de ontem teve
início por volta das 15h. Às
15h15, a pista principal do aeroporto de Congonhas foi fechada para pouso e decolagem e essas operações foram redirecionadas para a pista auxiliar.
A situação no aeroporto voltou ao normal às 16h06. De
acordo com a Infraero, o fechamento de 51 minutos não provocou problemas no sistema
aéreo.
Nesse mesmo horário, o CGE
registrava 18 pontos de alagamento em São Paulo, nove deles com interdição total do
trânsito. Pelo baixo volume de
veículos, houve apenas lentidão nos pontos próximos aos
alagamentos.
Um dos problemas mais graves ocorreu na zona leste, com
o transbordamento do rio Aricanduva, provocando três pontos de bloqueio total.
Além da avenida Aricanduva,
também alagaram ontem as
avenidas Ricardo Jafet (zona
sul) e Professor Luís Inácio de
Anhaia Melo (leste) e a rua Darzan (zona norte).
Todas essas áreas estão na
lista da Prefeitura de São Paulo
dos 30 pontos crônicos de alagamento. O túnel do Anhangabaú, na região central, foi interditado durante a chuva por medida de precaução.
O Corpo de Bombeiros também registrou dez enchentes
em diversas regiões.
A Defesa Civil contabilizou
ainda, entre outros chamados,
a queda de sete árvores, o desabamento de uma laje e a inundação de uma casa. Não houve
feridos nem registro de famílias desalojadas.
Parte desses incidentes está
ligado a rajadas de ventos, registradas pelo CGE, que chegaram, em alguns locais, a 63
km/h. Essa foi a velocidade aferida no aeroporto do Campo de
Marte, às 17h37. Congonhas registrou rajadas de 54 km/h.
Na região central, o vento
forte provocou a queda parcial
da cobertura de um posto de
combustível, na avenida São
João. Não houve feridos.
"O negócio foi feio. Achei que
fosse desabar tudo em cima de
nós", disse o frentista Antônio
Soares da Silva, 64. "Tentamos
ligar para o dono, mas ele está
viajando. Só terça-feira ele vai
ver o que aconteceu. Vai ser um
susto", disse o também frentista Edivan Eugênio, 29.
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