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EDUCAÇÃO
Cursos na unidade, na zona leste da capital paulista, não estão definidos
Estado quer apressar campus da USP para início de 2004
DA REPORTAGEM LOCAL
A USP (Universidade de São
Paulo) vai tentar antecipar em
seis meses a construção do novo
campus na zona leste de São Paulo e inaugurá-lo no começo de
2004. O primeiro prédio vai começar a funcionar ainda quando
estiver pela metade.
Pelo projeto, a inauguração seria no segundo semestre do ano
que vem, criando vagas só para
2005, mas o governo quer oferecer cursos já no vestibular 2004.
A USP na zona leste terá mil vagas no seu primeiro vestibular.
Serão implantados inicialmente
de cinco a sete cursos, mas eles
ainda não estão definidos.
No lançamento oficial do projeto, ontem, pelo governador Geraldo Alckmin, o secretário estadual
de Ciência e Tecnologia, João Carlos de Souza Meirelles, pediu urgência à universidade.
A assessoria do secretário, a
quem está subordinada a USP, e a
presidente da comissão coordenadora, professora Myriam Krasilchik, dizem que não é possível
fazer a promessa, mas vão tentar
antecipar os prazos. "Prefiro não
criar expectativas, mas será feito
todo o esforço possível para criar
as vagas no menor prazo, eventualmente até para o vestibular
2004", afirma Krasilchik.
Segundo o arquiteto e professor
Sylvio Sawaya, coordenador da
Comissão de Infra-Estrutura e autor do projeto do novo campus, a
antecipação é possível fisicamente. "A primeira fase do projeto,
que estava prevista para oito meses, pode ser feita em seis."
Além disso, a construção pode
começar mais cedo. Estava prevista para iniciar-se em novembro deste ano, mas pode ser antecipada para setembro.
Área ocupada
O novo campus ficará perto do
parque Ecológico do Tietê, às
margens do rio e perto da rodovia
Ayrton Senna. Segundo a USP,
não haverá prejuízo ambiental
porque serão construídas edificações em, no máximo, 20% da área
do terreno. A área total é de 1,25
milhão de m2, e os prédios devem
ocupar até 250 mil m2.
O custo do primeiro prédio está
estimado em R$ 40 milhões. Ele já
será ocupado quando estiver
construído pela metade. No total,
estão previstos dez prédios, mas a
construção de tudo deve demorar
de 20 a 25 anos. A previsão de custo total dos dez prédios, que têm
tamanhos diferentes, seria de R$
350 milhões a R$ 400 milhões.
Krasilchik diz que a zona leste
foi escolhida porque não há nenhuma universidade pública na
região. "A comunidade é muito
ativa e demandou isso por muitos
anos. A USP queria aumentar o
número de vagas, estudou várias
possibilidades e se decidiu por lá."
Não haverá política de cotas para alunos da região entrarem na
universidade com prioridade.
Mas haverá um benefício para a
comunidade: a contratação de
professores, segundo Krasilchik,
vai privilegiar pesquisadores que
tiverem projetos para a região.
Definição de cursos
Uma comissão com 40 pessoas
está estudando que cursos serão
ministrados no novo campus. Na
próxima semana, a universidade
começa uma pesquisa com alunos do ensino médio e de cursinhos comunitários da cidade para
sondar quais são sugeridos.
Esse trabalho deve terminar em
um mês. A definição dos cursos
deve acontecer neste semestre.
Já está definido que não haverá
carreiras tradicionais, como medicina e engenharia. O estatuto da
USP não permite a duplicação de
cursos na mesma cidade.
O campus apresentará novidades como um anfiteatro flexível,
que pode ter diferentes configurações e servir para aulas magnas ou
peças teatrais experimentais.
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