São Paulo, sábado, 19 de março de 2005

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CLIMA

Foram registrados 18 pontos de alagamento, principalmente nas zona sul

Chuva derruba 10 árvores e provoca trânsito recorde

DO "AGORA"
DA REPORTAGEM LOCAL

Três horas de chuva, ontem à tarde, deixaram São Paulo mais uma vez debaixo d'água. Foram registrados 18 pontos de alagamento, ao menos dez árvores caíram, e o trânsito atingiu o recorde de congestionamento no ano.
O índice de congestionamento chegou a 172 km, às 19h -o recorde do ano. A média para esse horário, às sextas, é de 141 km. Até então, o pico de vias paradas havia sido de 170 km, registrado em 21 de janeiro.
Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), órgão da prefeitura, o temporal começou às 15h, atingindo principalmente o Butantã (zona oeste) e Parelheiros (zona sul).
Em pouco tempo, a chuva se espalhou pela cidade. Os bairros mais prejudicados foram Santo Amaro e Campo Limpo, na zona sul. No primeiro, uma casa desabou e no segundo, duas. Segundo a Defesa Civil, ninguém se feriu.
Dos 18 pontos de alagamento, cinco eram na marginal Pinheiros. Às 19h, o motorista que seguia pela pista local rumo à rodovia Castelo Branco enfrentou 10,5 km de lentidão entre as pontes Transamérica e Eusébio Matoso. No sentido contrário, houve 12,1 km de congestionamento.
Na av. Nova Cantareira, no Tucuruvi (zona norte), uma árvore caiu sobre uma casa. Na av. Santo Amaro (zona sul), outra atingiu um ônibus. Ninguém ficou ferido.
Também choveu forte, ontem à tarde, em Guarulhos, Arujá e Mogi das Cruzes (Grande SP). Em Mogi, ao menos duas casas desabaram. Até as 19h de ontem, não havia informação sobre vítimas.

Serra
Em uma visita surpresa ao pronto-socorro do Hospital Municipal do Campo Limpo, na zona sul, o prefeito José Serra (PSDB) determinou ontem o afastamento do funcionário responsável pela manutenção do prédio e o rompimento do contrato com a empresa que faz a conservação do local.
Serra classificou de "calamitosa" a situação do PS, que faz cerca de 900 atendimentos por dia. Havia poças d'água com mais de 10 cm de profundidade nos corredores, paredes molhadas e goteiras nas salas de atendimento.
Ele chegou de helicóptero ao hospital, depois de sobrevoar a zona sul por mais de uma hora para ver os estragos provocados pela chuva que atingiu a cidade.
Segundo o secretário-adjunto municipal da Saúde, Édison Tayar, há problemas em toda a rede hidráulica do hospital.
Após a bronca pública do prefeito, foram colocadas bombas para drenar a água represada na laje. Antes de ir embora, Serra disse que voltará ao local nos próximos dias para checar se os consertos foram feitos.
Até o fechamento desta edição a reportagem não havia localizado dirigentes da empresa responsável pela manutenção do prédio.


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