|
Texto Anterior | Índice
Candida Miranda, a vida da pró-reitora
WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Candida Leonor Miranda
tinha vindo de baixo e galgara, passo a passo, sua carreira
administrativa na universidade. Quem sabe chegaria à
reitoria, pensava a família.
Mas não houve tempo.
Foi em Cândido Abreu, cidade pequena no interior do
Paraná, que Candida nasceu
e passou a infância. Sempre
gostara de ler, para estranhamento da família. O pai, vendedor de armazém, incentivava-a "a dividir o trabalho
doméstico com as irmãs".
Mas ela pensava alto e foi
cursar administração na
UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa), onde
conseguiu um estágio e um
emprego. E foi escalando a
carreira -primeiro como
professora, depois diretora
do setor de ciências sociais
aplicadas. Fez mestrado em
engenharia de produção, na
área de estratégia organizacional. E chegou ao cargo de
pró-reitora de graduação,
entre 2003 a 2006.
Foi quando pensou que
talvez pudesse "chegar a uma
vice-reitoria ou até mesmo à
reitoria". Mas os caminhos
mudaram e ela foi alçada a
pró-reitora de assuntos administrativos, cargo que ocupava até então.
Há mais de um ano, descobriu um câncer de mama e
conseguiu debelar a doença,
a despeito da violenta infecção que a acometera. Tempos depois, decidiu marcar a
cirurgia de reconstituição
mamária. Mas contraiu outra infecção, ainda pior.
Casada, tinha dois filhos.
Morreu no dia 10, em Curitiba, aos 49 anos. O reitor da
universidade decretou luto
oficial de três dias.
obituario@folhasp.com.br
Texto Anterior: Mortes Índice
|