São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 2008

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Candida Miranda, a vida da pró-reitora

WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Candida Leonor Miranda tinha vindo de baixo e galgara, passo a passo, sua carreira administrativa na universidade. Quem sabe chegaria à reitoria, pensava a família. Mas não houve tempo.
Foi em Cândido Abreu, cidade pequena no interior do Paraná, que Candida nasceu e passou a infância. Sempre gostara de ler, para estranhamento da família. O pai, vendedor de armazém, incentivava-a "a dividir o trabalho doméstico com as irmãs".
Mas ela pensava alto e foi cursar administração na UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa), onde conseguiu um estágio e um emprego. E foi escalando a carreira -primeiro como professora, depois diretora do setor de ciências sociais aplicadas. Fez mestrado em engenharia de produção, na área de estratégia organizacional. E chegou ao cargo de pró-reitora de graduação, entre 2003 a 2006.
Foi quando pensou que talvez pudesse "chegar a uma vice-reitoria ou até mesmo à reitoria". Mas os caminhos mudaram e ela foi alçada a pró-reitora de assuntos administrativos, cargo que ocupava até então.
Há mais de um ano, descobriu um câncer de mama e conseguiu debelar a doença, a despeito da violenta infecção que a acometera. Tempos depois, decidiu marcar a cirurgia de reconstituição mamária. Mas contraiu outra infecção, ainda pior.
Casada, tinha dois filhos. Morreu no dia 10, em Curitiba, aos 49 anos. O reitor da universidade decretou luto oficial de três dias.


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