|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
POLÍCIA
Vítimas eram seguradoras de veículos
PMs são acusados de
dar golpe em seguro
da Agência Folha, em Curitiba
Quatro policiais militares de Maringá (432 km de Curitiba/PR) foram apresentados ontem ao comando geral da PM, em Curitiba.
Eles são acusados de integrar uma
quadrilha que aplicava golpes
contra seguradoras de veículos.
O sargento Paulo Lucas de Lima
e os soldados Carlos Osmar Alves,
Adelino de Moraes e José Berto da
Silva Filho levavam carros falsamente roubados para o Paraguai e
os vendiam por preços abaixo do
mercado.
Quando os proprietários dos
carros -que também participavam do golpe- recebiam o dinheiro do seguro, o montante era
divido entre os integrantes da quadrilha. Para cada carro levado ao
Paraguai, os integrantes recebiam
R$ 300. O salário de um soldado
da PM do Paraná é de aproximadamente R$ 800.
O agente penitenciário Edmir
Cardoso, da penitenciária de Londrina, foi preso ontem, acusado de
também fazer parte do grupo.
O comandante do 4º Batalhão da
PM, coronel Alberto Augusto da
Silva, 49, disse que os quatro policiais estavam sendo investigados
pelo serviço de inteligência da PM
havia seis meses.
"Desconfiamos quando eles começaram a aparecer com carros
novos pela cidade", afirmou o coronel. Ele acredita que pelo menos
30 carros tenham sido vendidos
no Paraguai pela quadrilha nos últimos seis meses.
Para o coronel, existe uma conexão da quadrilha com Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraguai. O
elo da operação em Maringá era,
segundo ele, o soldado Carlos Osmar Alves. "Ele fazia todos os contatos." Outros integrantes ainda
não foram identificados.
O comandante disse que não
descarta a hipótese de haver mais
policiais militares participando de
operações semelhantes. O efetivo
do 4º Batalhão é de 680 homens.
Os quatro envolvidos deverão
responder a inquérito na Justiça
comum por roubo de carro e formação de quadrilha. A PM abrirá
processo administrativo para expulsar os policiais da corporação.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|