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PANORÂMICA
CRISE NA FEBEM
Secretário afasta administrador de Franco da Rocha e nomeia substituto
O secretário de Assistência e
Desenvolvimento Social, Edsom
Ortega, afastou o administrador
da unidade da Febem (Fundação do Bem-Estar do Menor) de
Franco da Rocha (Grande São
Paulo), Arnaldo Miranda.
Durante duas semanas, período no qual ocorreram quatro rebeliões, Miranda coordenou a
unidade. A última, na terça-feira, terminou com nove funcionários feridos.
Antonio Manoel de Oliveira,
atual administrador do Cadeião
de Pinheiros, que abriga menores temporariamente, vai acumular o cargo em Franco da Rocha.
Durante as rebeliões, Miranda
confessou várias vezes aos jornalistas que poderia perder o
emprego a qualquer momento
por causa dos tumultos.
Ortega negou ontem que o
afastamento foi motivado pelas
rebeliões na unidade. Segundo o
secretário, já estava previsto que
Oliveira assumisse Franco da
Rocha quando o Cadeião de Pinheiros fosse desativado. "Foi
uma situação atípica e Miranda
não teve culpa", disse.
O secretário afirmou que não
há problema em uma pessoa administrar duas unidades da Febem, mesmo com os últimos tumultos em Franco da Rocha.
"Quando trouxemos os menores de Tatuapé para a unidade
Franco da Rocha, montamos
uma equipe-tampão, feita às
pressas, que agora vai ser substituída", justificou Ortega.
O secretário disse que devem
ficar na nova unidade apenas
menores vindos de cidades do
interior, como Campinas.
Miranda não respondeu aos
telefonemas da reportagem até
o final desta edição. No começo
da tarde de ontem, a unidade de
Franco da Rocha voltou a ter um
princípio de tumulto, controlado em pouco tempo.
Santo André
A Febem transferiu ontem 30
menores do Cadeião de Santo
André para a unidade em Pinheiros. A operação faz parte do
processo de desativação da unidade, ocupada provisoriamente
por menores desde novembro
do ano passado.
A fundação também transferiu dez adolescentes da unidade
em Raposo Tavares para Tatuapé. Esses menores teriam participado dos tumultos ocorridos
terça-feira e anteontem.
A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa aprovou ontem a convocação, para o dia 31 de maio, do
presidente da Febem, Benedito
Duarte.
Os deputados querem saber,
entre outras coisas, sobre a contratação ilegal de carcereiros do
Complexo Carandiru para tomar conta de menores infratores, acumulando as duas funções. A Folha relatou o caso na
edição de ontem.
(DA REPORTAGEM LOCAL)
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