São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 2011

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Indefinição sobre endereço de estação agita moradores

Governo declara apenas que parada em Higienópolis será na rua Sergipe

Não existe, no entanto, nenhuma informação sobre o local exato das desapropriações de imóveis no bairro


GIBA BERGAMIM JR.
DE SÃO PAULO

Que o rua preferida do governo de São Paulo para a estação do Metrô em Higienópolis é a Sergipe está claro.
A indefinição sobre a local exato da obra, no entanto, vem deixando em polvorosa moradores e comerciantes do bairro da região central.
"Sou a favor do metrô em Higienópolis. Mas acho que poderiam fazer embaixo do parque Buenos Aires. Ali é área pública e não vai precisar desapropriar nada", sugere a médica Bety Karpovas, 38, dona de um consultório de radiologia na esquina da Sergipe com a rua Bahia.
Diante da pressão de 3.500 moradores do bairro para impedir que a estação ficasse na esquina da avenida Angélica com a rua Sergipe, onde há um supermercado Pão de Açúcar, o governo "empurrou" a obra para o lado.
O secretário estadual de Transportes, Jurandir Fernandes disse à Folha que o ideal é que a estação fique no mesmo nível da Angélica. Nessa lógica, a estação não passaria da esquina com a rua Bahia. Dali em diante, começa a descida até a Ceará.
Na descida da Sergipe estão estabelecimentos comerciais como o restaurante Carlota, casas e prédios.
"Sou muito a favor do metrô, mas que não me tirem daqui", afirma Redivaldo de Araújo, 41, proprietário do salão de beleza Lua e Mel.
No ano passado, engenheiros do Metrô passaram por ali e fotografaram as casas. "Disseram que o túnel passaria por aqui, mas não falaram da estação", conta.
Em nota, o Metrô informou que está reavaliando a localização da futura estação.
"A definição depende da conclusão de estudos geotécnicos e do melhor posicionamento para implantação da obra, de forma a causar menor impacto à região."
As obras da linha laranja, da qual a estação fará parte, começará no ano que vem.

SEM GRANDIOSIDADE
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse à coluna Mônica Bergamo que a estação não será grandiosa.
O modelo mais simples contraria os adotados nas últimas estações entregues, como Butantã e Pinheiros, que alteraram a paisagem.
"A menos que a estação tenha algum empreendimento útil para a população, como um centro comercial, não faz sentido fazer uma enorme construção. O modelo internacional é de estações mais discretas", afirma o arquiteto Roberto Loeb.


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