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SYLVIO FERNANDO PAES DE BARROS (1917-2009)
As raízes de um juiz e professor de direito
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
O juiz e professor Sylvio
Fernando Paes de Barros tinha suas raízes no interior de
SP. Filho de um cafeicultor,
nasceu em Bocaina, morou
em Jaú, estudou num colégio
interno em Campinas e cursou direito na capital. Formou-se em 1939 pela USP.
Não gostava de São Paulo,
cidade que, em sua opinião,
não era para idosos. Ultimamente, morava em Campinas e seu desejo, quando
morresse, era ser enterrado
em Jaú. Assim foi feito.
Sylvio morreu na madrugada de quarta-feira, aos 92
anos, de "morte natural", de
acordo com a família.
Segundo o filho Sylvio Fernando Paes de Barros Jr., seu
pai era de uma "família antiga, de pessoas simples voltadas para a vida rural". "Seu
desejo era voltar para Jaú,
que era sua terra", conta.
Foi lá que, em 1953, exerceu o cargo de vereador, até
se tornar juiz -atuou em
Pompeia, Campos do Jordão, Taubaté e Presidente
Prudente. Aposentou-se em
1972. Foi ainda professor de
ciência política e de direito.
Modesto e sem pretensões, como o descreve o filho,
tinha um caráter apaziguador -por isso, foi escolhido,
certa vez, para dirigir uma faculdade. Gostava de ler Machado de Assis, Eça de Queiroz, Tolstói, Dostoiévski,
Faulkner e John Updike.
Em Presidente Prudente,
foi diretor da Santa Casa.
Deixa viúva, quatro filhos,
seis netos e um bisneto. A
missa de sétimo dia será na
quinta, às 12h, na igreja São
José, em São Paulo.
coluna.obituario@uol.com.br
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