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Governo do Rio vira alvo de protestos por morte de menino
Cabral pede desculpa à família de Wesley, 11, baleado em escola
KARINA DI NUBILA
DO RIO
O governador do Rio, Sérgio Cabral, divulgou nota pedindo desculpas à família de
Wesley Gilbert Rodrigues de
Andrade, 11, atingido por
uma bala no peito na sexta.
Ontem à tarde, o movimento Rio de Paz pela Redução de Homicídios protestou
na praia de Copacabana.
Quando foi baleado, o garoto assistia a uma aula de
matemática no Ciep Rubens
Gomes, na zona norte da capital. Uma operação policial
acontecia na região.
"Só se faz uma operação
como aquela, com troca de tiros, à luz do dia, com um Ciep
funcionando, no meio de um
confronto como esse, se for
absolutamente impossível
evitar. Não era o caso", disse
o governador na nota.
Nenhuma autoridade
compareceu ao enterro de
Wesley anteontem. O pai, o
caixa de restaurante Ricardo
Freire, se queixou da ausência e disse que seu filho agora
é "só mais uma estatística".
O Sindicato Estadual dos
Profissionais de Educação
promete ir à Justiça para responsabilizar o governo estadual e a prefeitura pela morte
-o Ciep é municipal. A entidade reclama da falta de segurança nas escolas e de os
profissionais não serem avisados das operações.
Na sexta, o coronel Fernando Príncipe, responsável
pela operação, foi exonerado. Até o fim da semana deve
sair o resultado do exame
que mostrará se a bala saiu
de um fuzil da PM.
A diretora do Ciep, Rejane
Faria, recomendou a quem
for à escola hoje que vá de
branco. A Secretaria Municipal de Educação enviará psicólogos e assistentes sociais.
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