|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
INCLUSÃO
Genro comentou manifestação da medicina da UFRJ
Ministro volta a defender cotas e afirma que a lei será para todos
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro da Educação, Tarso
Genro, disse ontem no Rio que
respeita a posição da Faculdade
de Medicina da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro),
mas que todas as universidades
públicas terão que adotar o sistema de cotas caso seja aprovado o
projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados.
Genro se referia à manifestação
da congregação da faculdade
-formada por professores, chefes de departamento, alunos e
funcionários- contra a reserva
de vagas no curso de medicina,
por entender que a qualidade do
ensino seria afetada.
"A universidade não está isenta
do cumprimento das leis", disse o
ministro, para quem "a política de
cotas é importante" como fator de
"coesão social para uma sociedade radicalmente dividida".
"A política de cotas é de transição. Ela não será necessária daqui
a 10, 15 anos, quando tivermos
uma educação fundamental e básica de qualidade", disse o ministro, que participou de seminário
na Associação Comercial do Rio.
Presente ao seminário, o reitor
da UFRJ, Aloísio Teixeira, voltou
a dizer que é contra as cotas.
"A política de cotas teve impacto importante em países como os
EUA, cuja realidade social, econômica e do sistema de educação é
muito diferente da nossa. A cota
não resolve porque não vai ao
ponto central do nosso problema:
apenas 9% dos jovens de 18 a 24
anos estão na universidade, menos de 2% nas públicas. Nos EUA,
60% dos jovens estão na universidade", disse ele, para quem a posição da Faculdade de Medicina é
equivocada, pois "não haverá perda da qualidade de ensino".
Texto Anterior: Teste irá avaliar alfabetização na segunda série Próximo Texto: Consumo: Tarifa de água aumenta 6,78% no dia 29 Índice
|